“O maior problema que o nosso povo vive é o da segurança pública”, diz vereador vítima de sequestro

Por Gilmar Júnior, no Jardim Helena

Em coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (19) na Câmara dos Vereadores, o parlamentar Marco Porta (PRB) e o secretário de Governo, Cândido Ribeiro, relataram aos jornalistas os momentos de tensão que viveram nas mãos de sequestradores na última quarta-feira (17).

Exaltando o trabalho da polícia que arquitetou um esquema de resgate e prisão de parte da quadrilha, as vítimas contaram que apesar de não terem sido agredidas, foram torturadas psicologicamente e temeram a morte. O vereador relata que durante o restante de seu mandato vai se empenhar em melhorar as condições de segurança pública municipal.

Vereador Marco Porta e secretário de governo Cândido Ribeiro falam sobre os momentos de tensão durante o sequestro na última terça. (Foto: Cynthia Gonçalves / CMTS)
Vereador Marco Porta e secretário de governo Cândido Ribeiro falam sobre os momentos de tensão durante o sequestro na última terça. (Foto: Cynthia Gonçalves / CMTS)

“Hoje se fala muito na saúde, que está com problemas, mas hoje sei, que o maior problema que o nosso povo vive é o da segurança pública”, afirma Porta. O vereador disse que tomou carona com o secretário, por volta das 23h30, quando um carro, no caso um Fiesta preto roubado, com três indivíduos os abordaram. Dois dos suspeitos passaram para o veículo do secretário, uma Santa Fé preta, e exigiram dinheiro das vítimas.

O que era um roubo, ou um sequestro-relâmpago aparente, culminou em um sequestro de maiores proporções, a partir do momento em que as vítimas foram revistadas e a identificação do parlamentar foi encontrada. Segundo Porta, um dos integrantes da quadrilha se comunicou com outro do bando via telefone celular e informou que havia pegado um “peixe grande”.

O vereador elege dois momentos como os mais tensos, quando achou que ia morrer. Um quando anunciaram que a negociação do resgate não tinha surtido efeito e em momentos antes de ser libertado quando saíram caminhando de costas para os meliantes. “Dois bandidos que haviam saído voltaram. Um deles tinha o apelido de “De Menor”.

Um outro  rapaz com a aparência extremamente ruim (neste momento o vereador foi às lágrimas), nitidamente menor de idade, algo entre 14 e 15 anos de idade chegou ao local. Aí ele (o “De Menor”) disse que tinha dado tudo errado e que matariam a gente e entregou a arma para esse outro que aparentava ter 15 anos. Ficou muito claro que ele tinha vindo para nos matar. Esse garoto então pegou a arma na posição de tiro e aí olhou para nós e falou que iria liberar a gente”, explicou Porta.

Após o susto passado, Ribeiro diz que só tem a agradecer pelo desfecho do caso. “Quando chegamos nós tínhamos os vereadores nos dando apoio, os delegados, as escrivãs… eles foram perfeitos nesse caso”, pontuou.

Porta se emocionou durante a coletiva realizada na Câmara. (Foto: Cynthia Gonçalves / CMTS)
Porta se emocionou durante a coletiva realizada na Câmara. (Foto: Cynthia Gonçalves / CMTS)

VEREADOR QUE MUDAR HORÁRIO DAS SESSÕES

O vereador ainda disse que tirou três lições importantes do ocorrido. A primeira que vale a pena expressar a fé. A segunda é que se deve orar pelos profissionais da segurança pública e a terceira é a de que as sessões na Câmara não deveriam mais ocorrer no horário atual, que tem início previsto às 18h e término às 22h.

“Peço apoio do vereador Eduardo Lopes (PSDB) e do vereador Luiz Lune (PC do B) que estão aqui. Nós não temos mais condições de ter sessão ordinária no horário que estamos tendo. Nós já temos um projeto de lei aprovado desde 2013 visando esse tipo de coisa. Já chegamos a sair daqui às 4 da manhã. É perigoso”, discursou o líder do PSB na Câmara. Como relatou Porta, o projeto está engavetado, já que nem todos os vereadores concordaram com a alteração do horário das sessões para às terças-feiras, às 10h.

PRISOES

Até esta sexta (19), quatro envolvidos no caso já foram identificados e presos. A polícia ainda trabalha nas investigações para deter outros quatro meliantes que participaram da ação do sequestro.

0 comentário em ““O maior problema que o nosso povo vive é o da segurança pública”, diz vereador vítima de sequestro”

  1. Somente Taboao da Serra possui sessões de vereadores no período noturno, como jamais fazem ou aprovam nada de útil para a cidade poderiam fazer os encontros uma vez por ano.

  2. Vc no se preocupan por seu povo a saude es importante si , porque no es a mae de vc que sofre em um pronto socorro, doeu ficar secuestrado, entao ágora vc saven o que o povo sofre todo OS dias,e vcd nao fazen nada,

  3. A Segurança é um dos problemas que todos nós que pagamos Impostos enfrentamos e o Caro Vereador descobriu isso agora? se não estivesse fazendo serão na Câmara para ganhar bem mais do que já ganha talvez não teria passado por esta prova , pois o Horário de Funcionario Público é das 8hs as 18hs , afinal vereador tambêm é funcionario Público .

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