Após 72h, mulher acorrentada é notificada pela Justiça e deixa a Câmara de Taboão

Por Allan dos Reis, no Jardim Helena

Foram 72 horas que Josilene Maria Rodrigues Garcia ficou acorrentada em uma das pilastras do plenário da Câmara Municipal de Taboão da Serra. O protesto contra a sua exclusão de um projeto de moradia terminou por volta do meio-dia desta sexta-feira (5) apenas com a presença de um oficial de Justiça, que estava acompanhado por policiais.

Após decisão judicial, mulher termina protesto na Câmara que durou 72 horas.
Após decisão judicial, mulher termina protesto na Câmara que durou 72 horas.

Ela acusa os representantes da Associação Habitacional Bem Viver e da Família Feliz de excluírem 150 famílias de outra associação do projeto de moradia, que deve ser construído no Jardim Salete, através de financiamento federal.

Ao se libertar das correntes, Josilene gritava por “liberdade” e mostrava a corrente como sinal de luta. Ela também foi até a tribuna no plenário e pediu mais tempo para que os munícipes possam falar durantes as sessões, sendo que hoje é permitido por cinco minutos. Em seguida, beijou a imagem de Jesus que tem na Câmara e saiu ajoelhada até a calçada.

“Como represente legal da Câmara, lavrei um boletim de ocorrencia na terça (2), solicitei a seguranca do local visando sua integridade, no dia seguinte solicitei o Samu viesse para analisar as condições de saúde dela, mantive alimentaçao para que nada pudesse acontecer, fiz um ofício encaminhando a situação dela aos Direitos Humanos do Estado [de São Paulo] e também protocolei no Fórum sobre a reintegraçao do espaco e tivemos um desfecho hoje”, informou o presidente da Câmara, Cido (DEM).

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