Chico Brito inaugura centro cultural no Santo Eduardo, o 3º de Embu

Por ALCEU LIMA, no Jardim Santo Eduardo

O prefeito Chico Brito (PT) inaugurou no sábado, dia 21, centro cultural no Jardim Santo Eduardo – o terceiro de Embu das Artes –, com seis salas multiuso para realização de cursos e oficinas culturais, palco móvel com acesso para arena com arquibancada para cerca de 80 pessoas e teatro coberto para 160 espectadores. Regionalizado, o espaço atenderá também outros seis bairros (Dom José, Jardim Taima, Jardim Ângela, Jardim Batista, Jardim da Luz e Jardim Santa Rita).

O centro vai abrir 700 vagas, das quais 380 já estão disponíveis, com oferta de 21 cursos a partir desta segunda-feira, dia 23, das 8h às 22h, em que 400 pessoas já se inscreveram, e outros podem procurar o espaço, anunciou o secretário de Cultura, Valdir Barbosa. “É uma oportunidade principalmente para as crianças, que vão aprender vários tipos de cultura, e não ficarão na rua, muitos não têm o que fazer após o horário escolar”, comemorou a estudante Suelen Lisboa, 20.

Centro cultural no Jardim Santo Eduardo, construído em área de 512 m² (Foto: Alceu Lima)

Com ar condicionado e rampas de acessibilidade, o teatro recebeu sistema de iluminação e de som profissionais, com recurso de R$ 350 mil do Ministério da Cultura. No total, o centro cultural custou R$ 1 milhão e 250 mil. Chico disse que “foi o povo que pediu” a entrega do espaço, “e não eles [oposição], que não têm legitimidade e não gozam de respeito da população”, em resposta aos ativistas que no mês passado protestaram contra a paralisação das obras.

Com a obra completando dois anos, um grupo de grafiteiros deixou nas paredes do espaço desenhos e palavras de ordem em que cobravam a inauguração prometida para seis meses depois do início da construção, em setembro de2010. A secretaria atribuiu o atraso a demora no repasse de recursos. No ato, o presidente da associação de moradores chamou os ativistas de “vândalos”. O vereador Silvino Bomfim (PT) condenou a “destruição de patrimônio público”.

“Estamos felizes com a inauguração do equipamento, mas hoje está sendo entregue graças à pressão que vínhamos fazendo. Três dias depois da atividade que fizemos, operários da empreiteira voltaram a trabalhar na obra”, disse ao Taboão em Foco Joselício Junior, o Juninho, da ONG Circulo Palmarino, organizadora do protesto. “Grafite é uma intervenção artística. O curioso é que a pintura de artistas da cidade chamou mais atenção que o atraso da obra”, rebateu.

Na inauguração, a ONG estendeu uma faixa improvisada na grade do espaço em manifestação silenciosa. “Agora a nossa batalha é para que tenha conselho gestor, com participação também da sociedade, ajudando inclusive a definir as atrações, para ser democrático, não apenas de grupos ligados a partido ou governo”, disse Juninho. Chico disse que o conselho será criado e formado também por “pessoas da comunidade”, para não ter o risco de “meia dúzia querer dominar”.

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