Com irmã e amiga como guia, corredor com paralisia cerebral participa da Pop Run em Taboão

Por Allan dos Reis, no Parque Assunção

Na manhã deste domingo (12), centenas de corredores acordaram cedo para participar da 1ª edição da Pop Run pelas ruas de Taboão da Serra. Mas para Paulo César (32 anos), com paralisia cerebral, a corrida foi para lá de especial. Foi sua primeira competição na cidade em que mora.

Com paralisia cerebral, Paulo César corre 4 km com ajuda de irmã e amiga durante corrida de rua em Taboão da Serra. (Wladimir Raeder / Pop Run)
Com paralisia cerebral, Paulo César corre 4 km com ajuda de irmã e amiga durante corrida de rua em Taboão da Serra. (Wladimir Raeder /Pop Run)

Ao lado da irmã Taís e da amiga Lilian, ele percorreu 4km do percurso. “Foi difícil o percurso. Ele e o carrinho pesam 50 quilos. Nas subidas foi bem difícil. A gente já fez corrida de 12 km, mas era plano. Aqui foi bem difícil”, revelam.

Mas para Paulo César a corrida tem um significa muito mais que especial. É a forma de “ele interagir com o mundo”. As participações começaram tem cerca de um ano e – apesar de ainda ter outras corridas antes – o sonho é participar de uma meia-maratona, que são 21 km.

“A gente participa de corrida com ele faz um ano. E cada corrida a gente aumenta um pouco o percurso. A gente já fez quatro, cinco, dez, doze e quinze quilômetros. Estamos começando a treinar para fazer meia-maratora. [a corrida] É uma forma dele ver o mundo. Isso é muito legal”, completa Taís e Lilian.

E completam. “A cada corrida ele curte mais e vai se soltando. Ele interage com a galera. Nas subidas e descidas ele começa a dar risadas. A paralisia cerebral, afeta a parte motora. A cognitiva está totalmente preservada. Então ele entende tudo”, encerram.

Atleta com paralisia corre pelas ruas
Com triciclo, amigas correm pelas ruas de Taboão da Serra com atleta com paralisia cerebral durante a Run Pop. (Foto: Allan dos Reis)

A inspiração da irmã Taís surgiu após ver um caso semelhante de um pai carioca. “A gente já participava de corridas e vi a história de um pai lá do Rio de Janeiro que corre com o seu filho, Biel, e foi uma inspiração. Vendo aquilo eu comecei a correr atrás de informações. Ele me ajudou e fui atrás do triciclo e começamos a correr”, contou.

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