Em sessão extraordinária, ‘rebelados’ recuam e votam projeto do prefeito, que manteve o seu líder na Câmara

Por Allan dos Reis, no Jardim Maria Rosa

A rebeldia de um grupo de vereadores governistas terminou nesta quinta-feira (dia 29) com a realização de sessão extraordinária convocada para votar o projeto de lei encaminhado pelo prefeito Fernando Fernandes (PSDB), que autoriza a Prefeitura de Taboão da Serra a utilizar até 70% dos depósitos judiciais, seguindo determinação de legislação federal. O valor estimado que a Prefeitura vai poder retirar deste fundo está estimado em torno de R$ 3,5 milhões.

Após rebeldia, base governista vota projeto do prefeito Fernando Fernandes. (Foto: Cynthia Gonçalves / CMTS)
Após rebeldia, base governista vota projeto do prefeito Fernando Fernandes. (Foto: Cynthia Gonçalves / CMTS)

Na última terça ( 27), o mesmo projeto não entrou em votação porque os vereadores da base, Cido (DEM), Ronaldo Onishi (SD), Érica Franquini (PSDB), Marcos Paulo (PROS) e Joice Silva (PTB) exigiam a saída do líder do governo Eduardo Nóbrega (PR) do posto. Porém, os mesmos se reuniram com o prefeito em seu gabinete e chegaram a um acordo para votação do projeto e o líder continuou.

“É um projeto que nasce como socorro e vai permitir que os municípios tenham acesso aos recursos judiciais. Quero agradecer ao vereador Cido que conduziu esse processo [de negociação] e permitiu que o projeto fosse aprovado nesta manhã”, enalteceu o líder Nóbrega.

Se a votação seguiu o rito tranqüilamente, tendo apenas o voto contrário da vereadora Luzia Aprígio (PSB), que alegou não saber aonde seria utilizado o dinheiro, os discursos dos governistas foi de pleno ataque.

Começou com o presidente Cido que fez questão de ir enumerando cada um dos vereadores. “Vejo maturidade política dessa casa, que já foi acusada de votar projetos na surdina. É um projeto que tem urgência para a cidade neste momento”, discursou. Ele fez questão de citar nominalmente a postura de cada parlamentar.

Apesar de ter votado a favor, o vereador Luiz Lune (PC do B) reclamou a forma com que o dinheiro tem sido gasto no município e fez questão de lembrar que a extraordinária só acontecia “por causa de uma disputa dentro da base”.

Se por um lado, os vereadores Marco Porta (PRB) e André Egydio (PSDB) reclamavam dos rebelados porque “base é base. Na hora da dor e do amor”, os outros parlamentares se defendiam e ressaltavam que “são governo” em todos os momentos.

Mantido no cargo, Nóbrega recebeu uma série de elogios de alguns vereadores – incluindo a oposição – e voltou a negar que haja algum tipo de crise entre os governistas. E quando há, ele garante que “basta uma conversa, com aquela água – que deve ter um sabor diferente – naquele sofá do nosso querido prefeito Fernando Fernandes que as coisas continuam em seu rumo que sempre estiveram”, garantiu.

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