“Estamos aqui e se tiver que ser votado, vamos votar”, diz Índio Silva sobre a criação da Taxa do Lixo

Por Allan dos Reis, no Parque Industrial Ramos de Freitas

Na sessão legislativa de quarta-feira (16) na Câmara Municipal de Embu das Arte, a primeira após a Justiça conceder liminar suspendendo a cobrança da Taxa do Lixo criada pelo prefeito Ney Santos (PRB), o líder do governo Índio Silva (PRB) reforçou a necessidade da cobrança.

“Eu acredito que não dá para não ser cobrado. Cobrado terá que ser. De uma forma ou de outra. É uma discussão que vem desde 1997 e entra prefeito e sai prefeito, vai jogando a sujeira para debaixo do tapete, e hoje [cai] sobre nós. E a partir do momento que estamos aqui, é como o jogador de futebol, ele entra para marcar o gol. E quando a gente não marca, se ele conseguir ao menos auxiliar já está bom”, diz Silva em entrevista à imprensa.

Líder do governo Índio Silva diz que Taxa do Lixo será criada, mas quer audiências públicas para discutir o tema.
Líder do governo Índio Silva diz que Taxa do Lixo será criada, mas quer audiências públicas para discutir o tema.

A criação do novo tributo foi através de um decreto feito pelo prefeito durante o mês de férias. Agora, antes que a lei seja enviada, o parlamentar diz que “é importante chamar audiências públicas” e por isso ainda não tem data para votação na Câmara.

Um dos argumentos mais utilizados pelos camaristas embuenses quando cobrados pela população era que a Taxa do Lixo foi criado por Ney Santos e nada poderia fazer. Agora, ao que tudo indica, será enviado um projeto de lei à Câmara e os vereadores terão que votar. Questionado se temia ficar marcado negativamente pela população, ele responde.

“Que fique marcado. Ou por um lado bom ou lado ruim. Na verdade estou aqui para marcar uma história. Qual político que quer gerar taxa para o contribuinte? Mas infelizmente estamos aqui e se tiver que ser votado, vamos votar. [Mas] Acredito que não vem para agora, não”, completou o líder.

Quando criou a taxa, Ney Santos ignorou diferenças sociais e queria cobrar dos pobres e ricos o mesmo valor, argumento, aliás, mencionado na liminar que cancelou a cobrança. Essa diferenciação é uma das cobranças dos vereadores ao mandatário.

“Em reuniões anteriores colocamos que alguns terrenos não tem construção e não é justo que cobre a taxa do lixo. A outra coisa é fazer algumas avaliações de pessoas aposentadas, casas de aluguéis e etc”, argumentou o líder.

O valor da Taxa do Lixo criada por Ney Santos, que deveria ter sido paga na seguda-feira (21), caso não tivesse sido suspensa pela Justiça, custará a cada contribuinte R$ 174,37 em 2017 e mais de R$ 418 no ano que vem.

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