Por Leila Dias*
No Brasil desde 1890, constitucionalizou-se como um país leigo, termo semelhante ao laico concretizado pelo Decreto nº 110-A de 07/01/1890, sendo assim, um país que não mais tem uma religião oficial.
Desde então, as religiões afro-brasileiras e outras do mesmo seguimento vêem sofrendo discriminações, atentados contra seus zelados, seus templo, frequentadores e o mais afrontante por aquilo que acreditam, por falta de conhecimento e respeito pela diversidade.
Após 117 anos, o dia 21 de Janeiro foi instituído pela Lei Federal nº 11.635/2007 sendo data especial para adeptos e simpatizantes de todos os credos e confissões religiosas, para ser celebrado “O dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa”
A data é homenagem à sacerdotisa Gildásia dos Santos e Santos, que morreu no ano 2000, no município de Itapuã, na Bahia, por forte perseguição ao seu culto. Como mãe Gilda – popularmente conhecida – temos enorme lista de tantos outros sacerdotista que foram perseguidos, humilhados e ameaçados por cultuar sua religião.
Que esta data venha em reconhecimento a todos que fizeram e fazem parte da construção deste país, com sua etnia e sua religiosidade.
*Diretora da União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil (Fundada em 1955)
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É importante frisar: as pessoas podem sim manifestar sua religião. Elas podem viver de acordo com os preceitos que julgam corretos. Se as mulheres decidem deixar o cabelo crescer e passam a usar saias na altura do joelho, ou se cobrem o corpo inteiro com uma burka, ou se os homens se abstém de sexo antes do casamento ou de carne de porco, não importa: as pessoas devem podem viver à sua maneira, desde que observados os direitos do próximo. Este tipo de intolerância religiosa está acontecendo em diversos lugares do mundo neste momento. E considero importantíssimo a luta contra contra a intolerância religiosa.
Importantíssimo a manifestação feita em Taboão da Serra, visto que este município padece de intolerância de todas as formas, pois ser negro, e religioso, torna-se bastante difícil neste país, inclusive por ser considerado um país que se diz laico. Asé Babá!