Liceu de Artes de Taboão vai fechar, de novo?

Por Allan dos Reis, no Parque Assunção, em Taboão da Serra

A Prefeitura de Taboão da Serra está preste a anunciar o encerramento dos cursos do Liceu de Artes Municipal uma semana após as eleições. Os professores foram convocados às pressas para uma reunião na manhã desta quarta-feira, dia 17, com o secretário de cultura Luiz Domingues, mas saíram de lá sem a posição oficial se os cursos serão mantidos ou não. Será a suspensão pela segunda vez do programa “Cultura Para Todos”.

VAZIO: Alunos do Liceu de Artes de Taboão da Serra aguardam a decisão do prefeito Evilásio para saber se os cursos serão mantidos.

De acordo com o secretário, que não quis dar detalhes da negociação com o prefeito Evilásio Farias (PSB), as aulas estavam suspensas até a noite de quarta. Hoje (18), os cursos devem ocorrer normalmente. Apesar de suspensas, o Taboão em Foco esteve no Liceu à noite, onde verificou que ocorria uma aula de dança.

“Eles [cursos] não estão paralisados. A gente está de fato em meio a uma discussão. É questão de encerramento de ano”, afirma Domingues.

Ele reconhece que a situação é complicada. “Os cortes são feitos e a cultura é sempre o primeiro a receber [os cortes]”, lamenta e completa: “Ninguém foi dispensado até agora”, garante.

Porém, pela redes sociais, a atriz Naruna Costa revela as demissões. “Eis o presente dos professores de teatro de Taboao da Serra: DEMISSÃO!!!. Contratados há mais ou menos três meses para desenvolver arte e cultura nas pedreiras de cidade. O que receberam logo após as eleições?? O olho da rua! E por email. Sem nem o direito de se despedir dos alunos, que não poderão continuar com nada. Ficarão como os mestres, a ver navios em terra firme!”, publicou no facebook.

Por enquanto, os professores, que prestam serviço através de uma ONG, continuam com os seus contratos de trabalho inalterados. Mas apenas por enquanto.

JÁ FECHOU EM 2011

Em setembro de 2011, os cursos do Liceu foram paralisados a Polícia Civil recolher documentos da pasta durante a “Operação Cleptocracia”, que culminou na prisão de mais de 20 pessoas. Na época, se apurava “irregularidades no que diz a respeito às prestações de contas”. As irregularidades foram comprovadas após sindicância interna. Foram mais de oito meses sem aulas.

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