Manifestantes pedem fim de processo administrativo contra líder grevista em Taboão

Por Allan dos Reis, no Jardim Maria Rosa

Um grupo de servidores e sindicalistas de Taboão da Serra protestou em frente à Câmara Municipal na noite desta terça-feira, dia 14, em favor da professora Sandra Fortes, que responde um processo administrativo aberto pela Prefeitura Municipal, que pode culminar, inclusive, com a sua demissão. Eles pediram o encerramento imediato do processo.

Professora e sindicalista Sandra Fortes responde processo administrativo aberto pela Prefeitura de Taboão da Serra.
Professora e sindicalista Sandra Fortes responde processo administrativo aberto pela Prefeitura de Taboão da Serra.

Sandra é acusada neste processo de “suposta prática de aliciamento de menores” e de se aproveitar da sua “condição funcional” para “tirar proveitos diretos ou indiretos”. O fato é que após encerrarem a greve de 21 dias por parte do funcionalismo, alunos da professora escreveram cartas ao prefeito Fernando Fernandes pedindo – afirma – para que ele negociasse com a categoria e desse aumento. Porém, as cartas foram recolhidas pela direção da escola e culminou com a abertura do processo.

“Depois da nossa greve, o prefeito transferiu quatro trabalhadores grevistas e a gente considerou uma arbitrariedade. E no dia 12 de setembro a gente foi surpreendido com esse processo administrativo aberto contra mim por um suposto aliciamento de menores”, diz Sandra, que ressalta que a carta foi iniciativa dos alunos.

Ela evitou comentar muito a respeito do processo por orientação do advogado. Nesta quinta (16) ela prestará depoimento no cartório disciplinar. Porém, Sandra diz que entidades, sindicatos e partidos políticos assinaram moção de apoio e que esse “é um processo calunioso e tem a ver com mais uma perseguição a nós que fizemos a greve”, encerrou.

Manifestantes pedem o encerramento do processo administrativo contra a professora Sandra Fortes.
Manifestantes pedem o encerramento do processo administrativo contra a professora Sandra Fortes.

Durante a greve, Sandra Fortes foi uma das principais lideranças e chegou – junto com uma comissão – a se reunir com o prefeito para negociar o reajuste, mas não houve acordo.

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