Mulher é agredida por mais de 10h por ex-namorado em Taboão da Serra

Da redação do Taboão em Foco

A Polícia de Taboão da Serra prendeu na sexta-feira (03) João A. da S. (47 anos) acusado de torturar por mais de 10 horas a ex-namorada J.B. de O. (38 anos), que teve o nariz quebrado, uma série de escoriações no rosto entre outras agressões. Ela ficou internada por dois dias. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher.

Na hora da prisão, o homem estava armado com um revólver calibre 38 e fazia segurança em uma loja na Estrada Kizaemon Takeuti, na região do Pirajuçara. Ele teve a prisão temporária decretada e vai responder pelos crimes de ameaça, roubou, estupro, violência doméstica e porte ilegal de arma.

Por não aceitar fim de relacionamento, homem sequestra e tortura mulher por mais de 10 horas em Taboão da Serra.
Por não aceitar fim de relacionamento, homem sequestra e tortura mulher por mais de 10 horas em Taboão da Serra.

De acordo com informações da vítima, o homem não aceitou o fim do relacionamento de cerca de quatro meses. Ao descobrir que ela havia ido a uma festa com amigos no final de semana, o agressor foi até a sua residência e – enquanto tomava banho – copiou as suas mensagens do aplicativo whatsapp. Ao sair do banheiro, tiveram uma discussão ríspida.

Dois dias depois, ela previa deixar o veículo na mecânica e o ex-namorado se ofereceu a leva-lo e a dar carona até o seu trabalho. Por volta do meio-dia, J. entrou no carro e o agressor a levou sentido Rodovia Régis Bittencourt onde começou a mostrar as conversas que havia copiado e exigir explicações porque um dos amigos havia lhe chamado de “amor”. Ele queria que confessasse uma suposta traição.

Mesmo com a negativa, passou a esmurrar suas coxas e conduziu para um quartinho na região do Pirajuçara. Lá, passou a apanhar de forma absurda. Tapas no rosto, socos e chutes. Ele teria tocado as partes íntimas da mulher. “Eu vou te matar de qualquer jeito, mas quero ver se você vai ser mulher de confessar [a traição] antes de morrer”, ameaçava.

Com uma arma, provavelmente um calibre 38, apontava para sua cabeça e ameaçava rasgá-la com uma faca. Foram horas de tortura e ameaças, inclusive ao filho de J., fruto de outro relacionamento.

Saíram do quartinho e adentraram ao veículo rumo ao município de Embu das Artes. No caminho, mais violência e com uma faca teria perfurado uma das pernas da vítima. Com o dia quase escurecendo, o carro teve um dos pneus furados e – para despistar – ele foi até a casa de um sobrinho para efetuar a troca.

Ficaram mais duas horas no local. O sobrinho do agressor percebeu a situação delicada e passou a defender a mulher, que ainda assim era agredida a todo instante que ele ia ao veículo.

Diante da situação, o sobrinho – junto com o filho – se recusou em deixar o tio levar a mulher embora sozinho e entrou também no veículo. Foram até a porta da casa da vítima. “Eu sei que você vai me denunciar e vou preso, mas na hora que sair mato você, sua família e aquele cara também”, ameaçou o agressor, que teria ficado com o celular da mulher.

Quando a mulher entrou em casa, o filho assustado com a situação da mãe ligou para o pai (ex-marido da agredida), que a levou ao Pronto Socorro em outro município da Grande São Paulo, onde ficou internada para receber os atendimentos. Agora ela vive com medo e escondida.

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