“Não temos indústria da multa.Temos a indústria da infração”, afirma Secretário de Transportes de Taboão

Por Gilmar Júnior, da redação

Em recente entrevista ao Taboão em Foco, o secretário de Transportes e Mobilidade Urbana de Taboão da Serra, Rinaldo Tacola, rebateu as críticas costumeiras do cidadão taboanense de que a cidade vive o momento do famigerado termo “indústria da multa”. Segundo ele, o município tem indústria da multa, mas sim, uma indústria de infração, já que, de acordo com sua opinião, é assunto é simples, objetivo e lógico: se não cometer o ato irregular, o motorista não será penalizado.

Secretário de Transportes e Mobilidade Urbana, Rinaldo Tacola repudia termo de "indústria da multa". (Foto: Arquivo)
Secretário de Transportes e Mobilidade Urbana, Rinaldo Tacola repudia termo de “indústria da multa”. (Foto: Arquivo)

Seguindo as informações passadas por Tacola, a cidade possui 49 semáforos e 25 equipamentos, também conhecidos como radares. Dentre esses 25, quatro são para registro fotográfico de infrações como a de não uso do cinto de segurança, uso de celular ao volante, entre outras infrações dessa natureza. Outros cinco radares espalhados em pontos estratégicos são voltados exclusivamente para o controle dos caminhões que invadem a zona de rodagem durante o período inapropriado. Os equipamentos que sobram da conta, ou seja, 16, são os que flagram os veículos que ultrapassam o limite de velocidade.

Tacola explica que o critério de implantação de radares passa por solicitações dos moradores e estudos do local verificando a possibilidade de instalação ou não. “Temos mais de 50 pedidos de radares. Tem morador que liga para a gente pedindo socorro, porque vê que pode acontecer um acidente a qualquer momento na rua em que mora”. No ano de 2014, Taboão registrou cerca de 70 mil multas. O secretário justifica o número alto devido a quantidade de veículos de outros municípios que transitam pela região para chegar a capital e da capital para chegar a Grande São Paulo.

Prefeitura de Taboão da Serra instalou radares em diversas vias do município.
Prefeitura de Taboão da Serra instalou radares em diversas vias do município.

APESAR DE NEM SEMPRE MULTAR, “O RADAR ESTÁ SEMPRE DE OLHO”

Com o objetivo de contabilizar e garantir índices de estatísticas que poderão ser utilizadas para estudos futuros, todos os radares de Taboão captam a presença dos veículos que passam pelo equipamento. Com esses dados, por exemplo, é possível saber que cerca de 700 mil veículos trafeguem por mês na estrada Kizaemon Takeuti, que no mesmo período outros 230 mil automóveis utilizam a avenida São Francisco para chegar a seus destinos e que a 3,9 milhões de carros circulem pela região do Pirajussara mensalmente, indicando, assim, o interesse de deslocamento dos motoristas.

NÚMERO DE MARRONZINHOS É REDUZIDO, AFIRMA SECRETÁRIO

São 70 fiscais de trânsito que trabalham em Taboão da Serra, 24 horas por dia, de acordo com as informações passadas por Tacola. Em uma divisão, 16 trabalham em cada um dos quatro turnos, entretanto, todo mês, ao menos seis entram de férias e considerando dias de falta em detrimento de saúde ou outros fatores, o contingente chega a ser menor ainda.

“Nós temos cerca de 500 a 600 intervenções ao mês. Seja por batida, lâmpada que apagou ou evento que temos que dar apoio. Atualmente, em Taboão, já temos mais de 123 mil veículos com placar licenciadas. Isso sem contar os que têm placa de Embu ou São Paulo. São poucas pessoas. O problema é sério. A cidade tem só 20 mil metros quadrados”, relata.

Quando questionado sobre a reclamação de munícipes que afirmam que Taboão tem uma suposta indústria da multa e que os marronzinhos cooperam com isso, o secretário retruca.

“Não existe indústria da multa. Existe indústria da infração. Aqui temos a característica de receber muito carro de fora. O marronzinho multa por meio de desrespeito a indicação de placas de cidades, cinto de segurança… O foco não é multar. A multa é o último recurso. Ele está na rua para orientar. A multa é um instrumento de trabalho”, comenta.

ARRECADAÇÃO AUMENTA MAIS 70% EM 2014 E CHEGA A R$ 11,1 MILHÕES

Se por um lado o secretário rechaça o termo de “indústria da multa”, por outro, os dados do Portal da Transparência mostram que a arrecadação com multas de trânsito quase dobraram no segundo ano da gestão Fernando Fernandes (PSDB) chegando a R$ 11,1 milhões em 2014 e a previsão para 2015 é chegar a R$ 13,7 milhões.

Nos anos de 2012 e 2013, os recursos oriundos de multas foram de R$ 6,6 milhões e 6,4 milhões, respectivamente.

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  1. Os radares são inegavelmente uma fonte de arrecadação lucrativa, a pior são os radares minuciosamente instalados em pontos estratégicos. e em ruas que pode ser 70 km por hora eles colocam o radar a 40 km. tem que ter radares, mais do jeito que estão fazendo, está igual ao Kassab, Hadad etc… CORRUPÇÃO ATVA

  2. Ao invés de melhorar o pavimento e a sinalização de nossa cidade que é péssima o prefeito optou por colocar radares para multar, pois todos sabemos que essas empresas repassam grana por fora para político.

  3. Como vc pode impedir circulação de caminhões no pr industrial daci. E afirma que não há ind da multa.

  4. Concordo não há indústria da multa acho é pouca fiscalização ponto de ônibus é estacionamento carro na esquina normal fora a falta de educação passar em farol vermelho normal

  5. Esses caras são muito cara de pau anardar acima de 40km em uma avenida e multa.
    Na foto do radar fixo e bem sinalizado. eu concordo por causa da padaria. que tem um fluxo grande de carros saindo de re ali.
    Mas jose maciel 40km?.
    Se investirem o dinheiro em melhoria de fluxo e uma coisa, mas todo mundo que mora no taboao sabe o inferno que essa avenida em horario de pico.
    Industria da Multa sim!

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