Prefeito de Embu anuncia mudanças no secretariado e recusa nome para sucessão na Cultura

Chico Brito anuncia mudanças em seu secretariado. (Foto: Divulgação / PME)

O prefeito de Embu das Artes, Chico Brito (PT), através de sua Secretaria de Comunicação Social informou à imprensa regional, por meio de comunicado distribuído por e-mail, que na segunda-feira, dia 9 de abril, às 9 horas, haverá transmissão de cargos para um grupo de novos secretários. José Roberto Jorge, que acumulava os cargos de Secretário de Finanças e Administração, fica neste último, e para a Finanças assume Fernando Amâncio de Camargo, que já havia ocupado este cargo no governo do ex-prefeito Geraldo Cruz, hoje deputado estadual.

Norma Abdo assume interinamente a Secretaria de Assuntos Jurídicos, no lugar do vice-prefeito Nataniel da Silva Carvalho, o Natinha, que segue candidato à reeleição na chapa do prefeito Chico Brito. Helton Antônio Rodrigues, atual chefe de Gabinete assume interinamente a Secretaria de Comunicação Social, já que a titular da pasta, Cristina Santos está de licença-maternidade.

O Secretário Valdir Barbosa, de Turismo, assume cumulativamente como interino a Secretaria de Cultura, deixada por Paulo Oliveira, que disputará uma vaga na Câmara de Vereadores da cidade. O problema começa aí.

Desprestígio e falta de sintonia

A troca de secretários é natural diante do processo eleitoral, que obriga agentes públicos que se candidatam a sair de cargos de confiança. Somente o prefeito e o vice, em seus cargos originais podem continuar no exercício de suas funções. O problema é que, ao anunciar a saída da Secretaria de Cultura em seu site, Paulo Oliveira informou que deixaria em seu lugar o adjunto Erismar dos Santos Silva, pertencente a seu grupo político. Eles chegaram a posar para duas fotos onde Paulo aparece ‘entregando o bastão’ a Erismar, pouco antes do prefeito mandar divulgar que, na verdade, o secretário será Valdir Barbosa, contrariando frontalmente o que Oliveira havia combinado com o prefeito, de manter seu grupo político à frente da pasta.

Paulo Oliveira passou o ‘bastão’ para Erismar, mas este foi rejeitado por Chico Brito (foto: Reprodução Site Paulo Oliveira)

Informações de bastidores dão conta que, até por volta das 16h30 horas desta quarta-feira (4), Oliveira sequer havia sido informado pelo prefeito Chico Brito de que o nome de Erismar havia sido recusado como titular da pasta. O assessor de Oliveira deverá permanecer apenas como Adjunto, apesar de que, na prática será ele quem tocará a Secretaria, mas com salário pela metade. Um adjunto recebe em torno de R$ 5 mil, enquanto que um Secretário Municipal em Embu das Artes tem salário aproximado de R$ 10 mil. Isto sem contar o fato de que Erismar Silva não poderá autorizar despesas nem assinar convênios em nome da Secretaria de Cultura.

Pela manhã desta quarta-feira, Paulo Oliveira postou em seu site pessoal uma reportagem na qual dizia explicitamente: “O agora ex-secretário de Cultura Paulo Oliveira deixa a pasta nas mãos do produtor cultural Erismar dos Santos Silva, que já ocupava o cargo de Secretário Adjunto, e as metas da Secretaria continuam intocadas, entre as quais a implementação do Plano Municipal de Cultura para os próximos dez anos, e a posse do novo Conselho Municipal de Política Cultural, que deve ocorrer em breve”.

Em outro ponto da reportagem, Oliveira chega a desfazer boatos de que o prefeito não nomearia o nome indicado por ele: “Havia muitas especulações sobre a sucessão na Cultura, mas o prefeito Chico Brito manteve o mesmo grupo na direção ao concordar com a substituição de Oliveira por Erismar. Com o nome definido para o tempo de transição, como definiu Oliveira, Erismar Silva deverá manter em curso os projetos já deliberados para a Cultura, sem grandes mudanças”, afirma a matéria.

Com a mudança no comando da Secretaria de Cultura não se sabe qual encaminhamento será dado à posse dos novos membros do Conselho Municipal de Cultura, que teve a nomeação adiada por três vezes, porque o prefeito Chico Brito ainda não encaminhou uma mudança na Lei que permitirá a ampliação do Conselho, dos atuais 18 para 28 membros. O novo Plano Municipal de Cultura, construído por dezenas de agentes culturais da cidade juntamente com a assessoria da Cultura também ainda não foi homologado pelo governo municipal.

Por Allan dos Reis

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