Por Gilmar Júnior, no Jardim Helena
Se a intenção com a mudança de horário era trazer mais pessoas para o Plenário, a tática ainda não foi vista na primeira sessão realizada na última terça-feira (4). Apesar dos vereadores salientarem que a permanência dos pressentes se deu até o final da sessão, o total de pessoas era semelhante ao de pessoas que compareciam as sessões noturnas.
Marcada para as 10h, a sessão começou às 10h04 e teve seu fim após as 18h já no início da noite. Em paralelo a isso houve um conflito com relação ao horário de almoço e seguidos pedidos de prorrogações. Para dar uma ideia, o líder do governo na Câmara, Eduardo Nóbrega (PR) pediu dispensa do intervalo regimental, porém, minutos depois, quando o relógio do painel eletrônico da Câmara marcava 12h25 foi solicitada uma reunião de líderes que durou exatos 49 minutos.
Para o líder do governo, Eduardo Nóbrega (PR), o horário foi uma decisão acertada da Câmara. “Se no horário que estamos agora ocorresse no horário da sessão noturna, que horas seriam agora? (neste momento ele indaga ao vereador Ronaldo Onishi (SDD) que responde que seria 23h30). Pois é. E se fosse 23h30 estariam todas essas pessoas aqui? Acho que não, porque teriam que sair mais cedo para pegar ônibus”, comentou.
Pelas redes sociais, o vereador e presidente da Câmara, Cido Alves (DEM), comemorou a realização da primeira sessão no horário da manhã e afirmou – sem revelar números – que houve maior engajamento dos munícipes pela internet. “A população participou de forma efetiva da sessão. Tivemos um aumento dos internautas de forma expressiva. Foi um sucesso total”.
No início da sessão, o vereador Luiz Lune (PC do B) subiu a tribuna e afirmou. “Poderia ser de manhã, tarde ou a noite. O debate aqui é de cartas marcadas. Já sabemos que vamos perder de 10 a 3. Que graça teria em ir ao Maracanã se os torcedores soubessem que o jogo entre o Santos e Flamengo acabassem em 2 a 2?”, esbravejou Luiz Lune demonstrando que o horário não alteraria os trabalhos da Câmara. Outro vereador da oposição, Professor Moreira (PT) lamentou, durante a primeira oportunidade que teve, o horário que limitava a participação de representantes de movimentos sociais.
