Professores de Taboão realizam paralisação por melhores salários; encontro com prefeito termina sem acordo

Por Ana Clara Oliveira, no Parque Assunção

Um grupo de professores e outros funcionários da rede municipal de educação de Taboão da Serra realizaram uma paralisação em frente à Prefeitura nesta terça-feira, dia 27. A manifestação começou pela manhã e chegou a interdita uma via da Rodovia Régis Bittencourt. Os profissionais exigem reajuste salarial e outros benefícios como qüinqüênio e  sexta parte, transformação dos ADIs (Assistente de desenvolvimento Infantil) e ADEs (Assistente de Desenvolvimento Escolar) em professoras e evolução horizontal e vertical.

Outro ponto abordado foi a aceitação dos atestados médicos para acompanhamento em consultas e internação de filhos menores, principalmente pela epidemia de dengue que vem afetando a região. “Todo lugar tem isso, só aqui não. É direito acompanhar. Eu sou mãe e não posso ficar com meu filho se ele ficar doente”, Priscila Campos professora há 8 anos.

Professores da rede municipal de ensino realizam protesto em frente a Prefeitura de Taboão da Serra.
Professores da rede municipal de ensino realizam protesto em frente a Prefeitura de Taboão da Serra.

Marcelo Martini, diretor do Siproem comentou sobre a não aceitação dos atestados: “É um absurdo, uma arbitrariedade, porque é comum hoje em dia qualquer criança adquirir uma doença, algum problema que necessite de cuidados médico. Criança nenhuma vai para o médico sozinho. Quando o aluno falta uma semana vem com atestado, ele não foi sozinho, alguém levou, agora se fosse filho de professor não poderia levar”, diz.

Por volta do meio-dia, o prefeito Fernando Fernandes recebeu uma comissão de 12 pessoas, incluindo membros do Siproem (Sindicato dos Professores das Escolas Públicas e Municipais), professores e advogado. A reunião durou quase 3 horas e nada foi resolvido.

Fernandes – diz a comissão – pediu um tempo para reaver as pautas e sugeriu uma nova reunião para 27 de junho, que não foi aceita pela categoria. “Nós não vamos aceitar, nós ADEs ficamos na cozinha fazendo serviço pesado, estamos ficando doentes. Eu ganhei um cisto devido ao trabalho braçal”, desabafou Andreia Lúcia.

Os funcionários levantaram a causa e disseram que se depender deles não irá ter festa junina em nenhuma escola, nem o desfile de 7 de setembro realizado no Pirajussara. E gritaram: “Sem festa junina!”, “Sem desfile!”. Ainda prometeram fazer nova paralisação na próxima terça-feira.

A reportagem do Taboão em Foco ligou na assessoria de imprensa para saber o posicionamento da administração municipal, mas até a publicação desta matéria não havia um posicionamento a respeito.

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