Quem vai sentar nesta cadeira?

Vereadores discutem sucessão da presidência da câmara e clima esquenta nos bastidores.

Presidência CâmaraEnquanto as eleições municipais não chegam, os 13 vereadores de Taboão da Serra travam uma disputa acirrada nos porões da câmara municipal para saber quem vai ser eleito o novo presidente do poder legislativo. De um lado estão os chamados vereadores do ‘alto clero’, que possuem seis votos. Um a menos que o necessário para eleger o presidente. Do outro, estão os vereadores do chamado ‘baixo clero’, que prometem resistir a todas as pressões do outro grupo e eleger o presidente e a mesa diretora.

Mesmo que de forma não oficial, existem quatro candidatos. De um lado estão os vereadores Paulo Félix (PSDB) e Valter Paulo (PSB). Do outro lado estão os novatos vereadores Macário (PT) e Arnaldinho (PSB). Há também a influência pesada do ex-vereador e candidato à vice-prefeito derrotado nas eleições de 2008, Dr. Maurício André (DEM), que trabalha para eleger alguém do “grupo dos seis”. Há quem indique que o vereador Carlos Andrade (PV) corre por fora nessa disputa.

E a poucos dias do fim do período legislativo, uma série de denúncias – de ambos os lados – promete esquentar ainda mais a disputa pelo poder.

Na semana passada, a câmara aprovou a criação de uma comissão, composta pelos vereadores Carlos Andrade (PV), Cido (DEM) e Olívio Nóbrega (PR), para investigar porque uma empresa que aluga veículos para a prefeitura não efetua os pagamentos dos funcionários.

Porém, a denúncia pegou fogo quando o vereador Olívio Nóbrega (PR) disse em tribuna que um vereador estaria se beneficiando através de contratos ilícitos com essa empresa.

“Políticos podem estar se aproveitando do cargo para obter benefícios. Não vou dar nomes porque ainda estamos investigando. Recebemos documentos que são indícios, cabe a nós investigar para que não paire nenhuma suspeita sobre ninguém. Se alguém estiver envolvido, vai pagar por isso”, avisou o Nóbrega.

Em conversa por telefone com o repórter do TF, o vereador prometeu dar o nome do envolvido nesta segunda-feira (ontem, dia 29), mas até a publicação desta matéria o vereador não foi encontrado.

Alguns vereadores do chamado ‘grupo dos sete’ viram na denúncia uma ameaça para que alguém mude o seu voto na eleição da mesa diretora. Um outro vereador consultado pela reportagem, que pediu para não ser identificado, prometeu que a resposta virá na sessão de hoje, dia 30 de Novembro.

“Quem é que não tem telhado de vidro? Essa terça-feira (hoje) será um dia histórico. Espere para ver”, afirmou o vereador.

Se a promessa for cumprida, deve vir à tona mais denuncias de corrupção dos políticos do município.

Agora resta saber se vão tirar – finalmente – o “diabinho da garrafa”.

Será?

Por Allan dos Reis

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