Representante do Shopping Taboão fala sobre a alça em CPI: “não consigo me comprometer com data e prazo”

Por Allan dos Reis, no Jardim Helena

Após duas reuniões canceladas por falta de quorum e apagão seletivo, a CPI do Shopping Taboão se reuniu na manhã desta quinta-feira (10) na Câmara Municipal. A surpresa foi à presença do superintendente do shopping Carlos Alcântara, que aceitou o convite da comissão e participou acompanhado de uma advogada, mas pouco acrescentou em relação a prazos.

Sem conseguir responder os motivos que levam o shopping à não construir segunda alça de acesso, sentido Embu das Artes, sobre a Rodovia Régis Bittencourt, coube aos vereadores presentes prorrogar a CPI por mais 90 dias.

Superintendente do Shopping Taboão não tem previsão para construir a segunda alça de acesso.
Superintendente do Shopping Taboão não tem previsão para construir a segunda alça de acesso.

Mesmo descumprindo os prazos assinados em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o representante do shopping e até mesmo os vereadores trataram de jogar a culpa na burocracia dos órgãos públicos como a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

“Se dependesse do Shopping, amanhã [estaria pronta à alça]. Mas como depende de órgãos públicos, tanto a ANTT, a Cetesb e a própria Arteris, infelizmente a gente fica a mercê da aprovação deles. Eu não consigo me comprometer com uma data e um prazo”, disse Alcântara.

Na Régis Bittencourt tem apenas a alça para chegar ao Shopping Taboão. (Foto: Arquivo)
Na Régis Bittencourt tem apenas a alça para chegar ao Shopping Taboão. (Foto: Arquivo)
Carlos Alcântara, do Shopping Taboão, diz que alça não tem prazo.
Carlos Alcântara, do Shopping Taboão, diz que alça não tem prazo.

Questionado se houve a mesma burocracia para a construção da primeira alça no período de inauguração do centro de compras, em meados de 2002, o superintendente não soube responder porque disse trabalhava em outro setor. Aliás, a advogada que o acompanhava fez questão de frisar que a obrigação da segunda alça surgiu apenas com a assinatura do TAC em 2012, que ainda não foi cumprido.

A presidente da CPI, Érica Franquini, leu um documento da ANTT que nega ter recebido qualquer projeto do shopping, que afirma ter entregado. Ela também reclamou do “pouco caso com a Câmara” e lembrou que a “construção da alça é de suma importância para Taboão da Serra”. O Shopping Taboão disse que não ‘pouco caso’ e mandou uma série de documentos a Câmara, mas nenhum dos integrantes da comissão recebeu. Nem mesmo o presidente do poder legislativo, vereador Cido (DEM).

Já o relator Marcos Paulo (Pros) poupou a administração do centro de compras e afirma que a “indignação é com a ANTT” e voltou a cogitar outras contrapartidas porque a construção “pode demorar anos”. Ele também pediu que o Shopping apresente todos os protocolos para saber quem está mentindo.

Também participaram da reunião os vereadores Professor Moreira (PT) e Luiz Lune (PC do B). O outro integrante da CPI, Eduardo Nóbrega (PR), não compareceu por motivos de saúde.

7x1: pode comemorar vitória sem ter ganhado o jogo? Para os vereadores de Taboão da Serra, sim (Foto: Jornal Na Net)
7×1: pode comemorar vitória sem ter ganhado o jogo? Para os vereadores de Taboão da Serra, sim. (Foto: Jornal Na Net)

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