Sem acordo, Câmara não vota projeto de lei que aumenta o salário dos médicos

Por Allan dos Reis, no Jardim Maria Rosa, em Taboão da Serra

Em mais uma sessão longa e cansativa que durou quase nove horas, os vereadores de Taboão da Serra terminaram a quarta-feira, dia 9, sem votar nenhum projeto que estava previsto na pauta. O projeto de lei complementar que prevê o aumento de salário para os médicos em 25%, aumentando o valor da hora trabalhada de R$ 48 para R$ 60, dividiu os políticos eleitos pela base e oposição.

Sem acordo, votação de projeto que aumenta o salário dos médicos é adiada.

Como são necessários nove votos para aprovação, a oposição exigiu que outras categorias da área médica como enfermeiros, odontólogos e auxiliares tenham aumento salarial imediatamente semelhante ao dos médicos. Os governistas vêem na proposta encaminhada pelo prefeito Fernando Fernandes um passo importante para melhorar a qualidade da saúde no município.

“Por que só gratificação para os médicos?”, questionou Professor Moreira (PT). “Queremos aumento para outras categorias também. Aliás, para todo o funcionalismo”, completou o petista. Os outros vereadores contrários a proposta seguiram a mesma linha e criticaram a medida.

Os governistas pediram um “voto pela vida”. Marco Porta (PRB) lembrou que há uma grande dificuldade em contratar médicos com o atual salário. Até mesmo as cidades vizinhas com orçamento menor pagam melhor a classe médica. “Não temos médicos porque o salário não é atraente”, diz.

Já o vereador André Egydio (PSDB), que é dentista, disse que visitou várias unidades de saúde e não encontrou médicos suficientes. “Taboão precisa de médicos”, afirma. Os governistas prometeram que também vão lutar para que outras categorias médicas tenham aumento em breve.

Sem acordo, foi aprovado um pedido de vistas quando a votação já tinha dois votos contrários ao projeto. Na próxima segunda (14) haverá nova sessão extraordinária para discutir os projetos em pauta. As vereadoras Érica Franquini (PDT) e Luzia Aprígio (PSB) não participaram da sessão por questões familiares.

VISITA

O vereador Ney Santos (PSC) de Embu das Artes, eleito com 8.026 votos, visitou a Câmara de Taboão da Serra e acompanhou por alguns minutos o trabalho dos vereadores na sessão.

Carlinhos do Leme e Ney Santos na Câmara de Taboão da Serra.

MANIFESTAÇÃO

Logo no início da sessão, estudantes protestaram contra o valor da tarifa de ônibus no município de R$ 3,30. O jovem Phelipe Silva Lima leu o manifesto na tribuna e entregou aos vereadores que prometem pedir explicações à empresa que administra o transporte municipal. A Comissão de Transportes Urbanos, presidida pelo vereador Carlinhos do Leme (PP), diz que irá convocar todos os envolvidos para debater o tema e ter acesso a planilha de custos, que justifica o aumento.

Estudantes protestam contra o valor da tarifa do ônibus em Taboão da Serra. (Foto: Divulgação / CMTS)

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0 comentário em “Sem acordo, Câmara não vota projeto de lei que aumenta o salário dos médicos”

  1. É o fim da picada acharem que somente médico é essencial para o atendimento à saúde das pessoas. Coisa de cidade atrasada e medieval. Dinheiro para contrato superfaturado e para alegrar político existe, mas, para aumento salarial de servidor todo mundo finge de cego.

  2. Os vereadores de Taboao aprovaram aumento para eles mesmos em 2012,mas para médicos,nunca haverá aumento real,pois a defasagem é muito grande.Só haverá sempre reposiçao salarial ,e sempre abaixo do que o funcionario merece.Quanto aos médicos,ganham sempre menos que mecanicos,eletricistas,etc(por hora trab.)Não é valorizado por culpa deles mesmos que ainda se sujeitam a serem explorados com tanto estudo q.têm.

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