Sob forte tensão, primeira reunião da CPI termina com Aprígio e mais dois secretários convocados

Por Allan dos Reis, no Jardim Helena

A primeira reunião da CPI criada na Câmara Municipal de Taboão da Serra para “apurar eventuais irregularidades e eventuais crimes de improbidade administrativa” no processo de desdobro de áreas da Cooperativa Habitacional Vida Nova no início da noite desta quinta-feira (14) sob forte tensão.

Mesmo assim, foram aprovadas as convocações do presidente da cooperativa Aprígio e dos atuais secretários municipais Rogério Balzano (Obras) e Joel Ney De Sanctis Jr. (Assuntos Jurídicos) para participarem da oitiva no dia 29 de abril (sexta-feira) às 18h.

Membros da CPI foram vaiados durante toda oitiva, que aprovou a convocação de Aprígio e mais dois secretários municipais.
Membros da CPI foram vaiados durante toda oitiva, que aprovou a convocação de Aprígio e mais dois secretários municipais.

O presidente da comissão, Eduardo Lopes (PSDB), explica sobre a convocação das três pessoas. Durante a sessão na terça, ele havia anunciado que também convocaria o ex-prefeito Evilásio Farias e a ex-secretária de habitação Angela Amaral.

“Sobre os convocados, creio que haja uma ordem cronológica dos fatos. Teremos no mínimo 90 dias para deliberar sobre cada personagem envolvido nesses fatos que o Ministério Público apresentou. Eles vão estar aqui elucidando para gente como é que se deu todo esse episódio, que segundo os autos do MP poderia ter trazido um prejuízo de mais de R$ 250 milhões para Taboão da Serra”, afirma Lopes.

Ele também comentou o clima pesado da oitiva, que chegou a ser interrompida. Houve até mesmo ameaça de esvaziamento do plenário. Homens da GCM, incluindo a elite ROMU, ficaram de prontidão durante todo tempo nas dependências da Câmara.

“Já esperávamos que haveria esse tipo de manifestações porque trata-se de um empreendimento que gera empregos. Os fatos estão bem claros para serem investigados e averiguados. O balanço que faço é que foi muito positivo e saio muito enaltecido”, completou.

Nas galerias, funcionários da Cooperativa Habitacional Vida Nova defendia um dos convocados, o Aprígio.
Nas galerias, funcionários da Cooperativa Habitacional Vida Nova defendia um dos convocados, o Aprígio.

Apesar de não integrar a comissão, formada exclusivamente por governistas, o vereador Professor Moreira (PSD) questionou a legitimidade da reunião pelo fato da sessão ordinária desta semana ter sido suspensa por uma semana. Nenhum dos outros quatro membros da comissão, que tem os vereadores Marco Porta (PRB), Ronaldo Onishi (SD), Carlinhos do Leme (PSDB) e Joice Silva (PTB) falaram durante a reunião.

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