Taboão da Serra precisa melhorar acessibilidade

No dia 21 de Setembro de 1982, após encontro entre os movimentos sociais, foi instituído o “Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência”. Em Taboão da Serra, assim como em outras cidades, o desafio é conseguir melhorar as condições de acessibilidade das pessoas deficientes. Para isso é necessário melhorar o transporte, adaptar os prédios públicos, parques, escolas, hospitais, ruas e ainda lutar contra o preconceito da sociedade.

O Censo de 2000 aponta que mais de 26 mil pessoas, portadoras de deficiências, moram em Taboão da Serra. Porém, sete anos depois, a estimativa é que esse número seja ainda maior. Afinal, a população da cidade continua em um processo de crescimento. Em 2006, moravam na cidade 224.643 pessoas (SEADE). A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que 10% da população mundial apresenta algum tipo de deficiência. Sendo Mental (5%), Física (2%), Auditiva (1,5%), Visual (0,5%) e Múltiplas(1%).

Para Gian Carlo Arruda, 31 anos, que necessita do auxílio da cadeira de rodas para se locomover, devido a uma Paralisia Cerebral que afetou sua coordenação motora, a cidade não apresenta condições adequadas para o deficiente físico. “Os ônibus circular 2 e 4 demoram muito para passar. Aos domingos eles quase não passam”, alerta Arruda. Ele reclama também que os “bancos demoram muito para abrir a porta”.

E não pensem que as dificuldades dos portadores de deficiências se limitam apenas a isso. Para a vice-presidente e fundadora da Associação Pró-Trabalho Ocupacional de Deficiente (APTO), Elizabeth Ishii, a cidade ainda tem muito a fazer pôr essas pessoas “As necessidades são muitas aqui em Taboão. Mas não adianta falar só em transporte. E saúde?”, pergunta Elisabeth.

A Câmara Municipal da cidade, onde os vereadores discutem e aprovam as leis, é um exemplo (negativo) da falta de acessibilidade. Lá os banheiros não são adaptados, os corredores da sala onde acontecem as sessões são estreitos e o acesso aos gabinetes dos vereadores, para quem utiliza cadeiras de rodas, é impossível porque eles ficam no primeiro andar e o prédio não tem elevador. A Câmara promete amenizar, o mais rápido possível, esses problemas. Vai instalar interfones em todos os gabinetes e aumentar o espaço nos corredores.

Escadaria de acesso ao gabinete dos vereadores.

Por Allan dos Reis

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