Tenista cadeirante de Taboão da Serra é 15º em ranking nacional

Com a sua arma em punho, a raquete é a principal ferramenta de vitória na vida

 

O tenista cadeirante que leva consigo o nome de Taboão da Serra, Sebastião Alves Silva chegou à 15ª posição no ranking da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) para tenistas em cadeiras de rodas. Além de estar no grupo dos top fifteen (15 melhores) do Brasil, ele está na posição de número 311ª do mundo. Alves viaja essa semana para disputar um torneio em Belo Horizonte  promete disputar todas as competições do calendário.

Sebastião está entre os melhores tenistas cadeirantes do Brasil. (Foto: Gilmar Júnior)

Entre as suas principais conquistas, Alves constata que o que mais lhe traz alegria foi o título de duplas em 2003. Na oportunidade ele e o seu parceiro brasileiro venceram um dupla da Argentina por 2 sets a 1. “Aquele dia foi histórico para mim, enfrentamos uma dupla argentina no torneio lá em Goiânia, perdemos o primeiro set e viramos para dois a um. Sensacional”, recorda com alegria, o também vice-campeão dos torneios de Belo Horizonte e Niteroi (RJ).

Segundo conta Alves, todos os torneios que joga chega pelo menos às semi-finais e apesar de ter 47 anos não perde no condicionamento físico e na força braçal para os jovens. “Olha, jogo parelho com os atletas de 18, 19, 20 anos por exemplo. Ainda estou bem e espero atingir meus objetivos, estar entre os três melhores jogadores do Brasil e poder jogar os Jogos Olímpicos e Pan-Americanos”, lucida.

Do esporte para a vida: acompanhe o breve relato de Sebastião Alves sobre sua história

Em 1995, me tornei cadeirante após levar um tiro na coluna servical e receber a notícia de que ficaria paraplégico para o resto da vida. O esporte me auxiliou muito e me deu um novo rumo na vida. Percebi com o tempo que se eu ficasse parado e me rendesse eu não sobreviveria, então decidi entrar para o mundo do tênis e estou muito feliz. Não temos muitas diferenças dos tenistas profissionais, a quadra é do mesmo tamanho, a única diferença é que a bola pode bater duas vezes no quadra antes de rebatê-la. Enfim, penso que a deficiência está na cabeça das pessoas e eu encaro meus desafios sabendo que nada será fácil, mas mesmo assim vou motivado.

Um sonho realizado

Em 2011 no final do ano Sebastião se encontrou com o Gustavo Kuerten, o Guga, ex-tenista referencial brasileiro no esporte de todos os tempos em um torneio disputado em Minas Gerais. Esse ano, o dois voltam a se reencontrar no final do ano no mesmo torneio.

Agradecimento aos patrocinadores

Com muita força nos braços, Alves diz estar feliz com o apoio de seus patrocinadores. “Agradeço ao meu treinador Baianinho da Tie Break Tenis, do Butantã, por estar me dando uma força nessa empreitada. Ele me treina três vezes por semana”, comentou. Além do patrocínio ofrecido pela empresa da zona oeste, ele também conta com o apoio da Mart’bell, Valdemir DGA Gess, Paulo Liq Gas, Vereador Aprígio, Secretaria de Esportes de Taboão da Serra, Tadeu da Loja das Cortinas, Gaspar, Padaria La Ville, Academia Novarte e recente patrocínio da TAM, empresa e linhas áreas.

Por Gilmar Júnior

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