Termina sem acordo a reunião para discutir como melhorar o trânsito da Av. Vida Nova

Por Gilmar Junior, direto da Chácara Agrindus

A reunião realizada na noite da última segunda-feira (14) entre moradores, pais de alunos da escola, representantes da Cooperativa Vida Nova, representante do Colégio Ser e o secretario de Transporte e Mobilidade Urbana, Rinaldo Tacola, terminou sem que as partes chegassem a um acordo quanto uma possível solução para desafogar o trânsito da Avenida Vida Nova. Uma nova reunião deve acontecer nos próximos dias.

Em outubro de 2015, a Prefeitura de Taboão da Serra chegou a proibir em um trecho da Avenida Vida Nova, mas acabou adiando a decisão.
Em outubro de 2015, a Prefeitura de Taboão da Serra chegou a proibir em um trecho da Avenida Vida Nova, mas acabou adiando a decisão.

Reunidos no auditório do Colégio Ser, empresários, moradores e o secretário de transporte tinham um propósito: aumentar a fluidez do trânsito na avenida Vida Nova. O cenário enquadra uma via, a margem de uma rodovia, que possui um número alto de veículos durante os horários de pico. Esses horários de maior fluxo de automóveis contam com pessoas que utilizam os carros para ir e voltar ao trabalho e pais que vão buscar ou levar os filhos na escola.

Conforme comenta Joel Garcia de Oliveira, conhecido como Lelo, sócio da Faculdade Fecaf – que abriga o Colégio Ser – o problema é que a via não tem vazão de automóveis o suficiente. “Mãe é preocupada mesmo, quer deixar o filho na porta. Mas isso é comum, são em todas as escolas mesmo”, relatou Lelo. O empresário revelou que ao menos 1500 alunos estudam na escola, sendo que 70% do total é formada por estudantes que moram na região da escola.

POSSÍVEIS SOLUÇÕES

O secretário Rinaldo Tacola explicou que “não há milagre e , que portanto, a única alternativa viável é  proibição do estacionamento na área”. E mais, a projeção para o futuro é que o problema seja agravado. “A tendência é piorar ainda mais”, citando as obras das próximas torres de apartamentos que serão erguidas no bairro pela Cooperativa e o número de veículos no município, que segundo ele, já ultrapassa a barreira dos 130 mil contando apenas os automóveis com emplacamento de Taboão da Serra.

Na mesma linha de raciocínio da prefeitura, Lelo apresentou uma sugestão que aplicava restrições ao estacionamento na via no entorno da escola, como  um limite proibitivo de estacionamento e outra área que limitava a parada em no máximo 30 minutos com o pisca alerta ligado. O estudo da via foi realizado por uma empresa contratada pelo empresário.

Do outro lado, a Cooperativa Vida Nova entende que, antes de tudo, a via deve passar pelo período de impasse judicial, já que, conforme relata o presidente Aprígio, a avenida está subjudice podendo até ser fechada. Porém, considerando o cenário em que a rua continue aberta, assim como é atualmente, a Cooperativa entende que tirar as vagas laterais da via prejudica quem depende desses espaços para deixar os veículos. A sugestão foi a de utilizar uma terceira faixa de rolamento.

As discordâncias impediram que o assunto tivesse um desfecho positivo. A única proposta aceita em comum acordo foi a de uma nova reunião daqui a uma semana feita, porém, a portas fechadas entre as partes.

CONFUSÃO

Logo na parte inicial das explanações, Aprígio se desentendeu com um homem, que se apresentou como pai de um aluno. Enquanto o ex-vereador falava, o homem sentado na plateia interrompeu e afirmou que não estava no local para ouvir sobre política, mas sobre o trânsito. Aprígio então teve um bate-boca acalorado com o homem. Os dois foram contidos.

Passada a confusão, os dois se explicaram. “Ninguém aqui estava falando de política. Por isso fiquei bravo com ele. Ele é de prefeitura”, acusou Aprígio. Já o pai de um aluno comentou que foi chamado para uma reunião para discutir sobre trânsito sem nenhum interesse político. “Nem voto aqui em Taboão e não conheço ninguém”, disse.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.