Testemunhas começam a depor sobre chacina no Pavilhão 9 que matou morador de Taboão

Da redação do Taboão em Foco, com informações da Agência Brasil

Testemunhas de defesa dos dois policiais acusados de participação na chacina na sede da torcida organizada Pavilhão 9 começaram a ser ouvidas na tarde de hoje (21) no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, estão previstos depoimentos de seis testemunhas, duas delas protegidas, ou seja, que serão ouvidas de forma sigilosa pela juíza Giovanna Christina Colares. Os depoimentos tiveram início por volta das 13h30 de hoje.

A chacina que matou um morador taboanense ocorreu no dia 18 de abril do ano passado. Por volta das 23h, três pessoas armadas entraram na sede da torcida organizada do Corinthians, logo após um churrasco. Doze torcedores ainda estavam no local quando os três criminosos chegaram. Quatro conseguiram fugir, mas os demais foram obrigados a se ajoelhar e, depois, a se deitar no chão. Todos foram executados. Sete morreram no local. A oitava vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.

Morador de Taboão, Andre Luiz foi uma das vítimas da chacina ocorrida na quadra da torcida do Corinthians. (Foto: Reprodução)
Morador de Taboão, Andre Luiz foi uma das vítimas da chacina ocorrida na quadra da torcida do Corinthians. (Foto: Reprodução)

Duas pessoas foram presas acusadas pela chacina: o policial militar Walter Pereira da Silva Junior, investigado por participação em uma chacina em Carapicuíba, também no ano passado; e Rodney Dias dos Santos, ex-policial militar. Silva Junior foi solto em dezembro por falta de provas.

Em outubro do ano passado, foram ouvidas testemunhas de acusação, entre elas, um dos delegados que presidiram o inquérito, Marcelo Bianchi. Segundo o delegado, testemunhas que foram ouvidas no inquérito policial reconheceram Silva Junior e Rodney Santos como responsáveis pela chacina. Bianchi disse que pediu a prisão dos dois por ter convicção de que eles foram os responsáveis pelas oito mortes.

Entenda o caso

André Luiz Santos de Oliveira, morador de Taboão da Serra, foi uma das oito vítimas da chacina ocorrida na noite do último sábado, dia  (18) na sede da torcida uniformizada Pavilhão 9, que fica embaixo da ponte dos Remédios na capital paulista. O rapaz de 29 anos, que era tesoureiro da torcida, foi sepultado nesta segunda (20) no Cemitério da Saudade.

Segundo informações a polícia veiculadas na mídia, oito corintianos, incluindo Oliveira, estavam na sede da Pavilhão 9, na Vila Leopoldina, quando homens armados entraram no local, ordenaram que as vítimas se deitasse para que logo depois fossem executados com tiros a queima-roupa. Apesar da proximidade do dia do crime com data da partida realizada contra o Palmeiras e, envolvendo o histórico de rivalidade entre as torcidas, a polícia já descartou a hipótese de rixa de futebol.

Segundo matéria do jornal Folha de S.Paulo, e confirmada pela SSP, Oliveira tinha passagem na por tráfico de drogas. Segundo consta na matéria ele costumava viajar o Brasil para acompanhar partidas do Corinthians. A principal linha de investigação da Polícia é de que o crime tenha sido motivado por causa de dívidas de drogas.

Vítimas da chacina;

André Luiz Santos de Oliveira, de 29 anos,

Ricardo Junior Leonel do Prado, de 34 anos,

Mateus Fonseca de Oliveira, de 19 anos,

Fabio Neves Domingos, de 34 anos,

Jhonatan Fernando Garzillo, de 21 anos,

Marco Antônio Corassa Junior, de 19 anos,

Mydras Schmidt, de 38 anos,

Jonathan Rodrigues do Nascimento, de 21 anos.

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