Por Allan dos Reis, no Jardim São Marcos
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zilda Arns, localizada no município de Embu das Artes, começou a funcionar nesta quarta-feira (16). A festa de inauguração aconteceu no sábado (12) com a presença do prefeito Chico Brito (PT), do ex-ministro da saúde Alexandre Padilha, do deputado estadual Geraldo Cruz (PT), vereadores e outros políticos do município.
A UPA tem três pavimentos, elevadores, equipamento de Raio-X, eletrocardiografia, pediatria, leitos de observação, equipe de odontologia e funciona 24 horas. Por plantão devem ter dois pediatras e quatro clínicos. O antigo pronto socorro da região, do Jardim Vazame, vai virar apenas um Hospital Leito.
“Com a criação da UPA e a possibilidade de transformar o Pronto Socorro do Vazame em Hospital Leito você vai garantir uma melhor qualidade de atendimento para quem estiver internado”, afirma Brito.
A unidade será gerida por uma Organização Social, que também vai ficar com o futuro Hospital Leito, o Pronto Socorro Central e a Maternidade. “Nós criamos uma comissão para fazer toda avaliação. Pedi para o pessoal avaliar a proposta de trabalho e puxar a ‘capivara’ da empresa para ver se havia problemas no Ministério Público. E me passaram que essa empresa selecionada [Instituto Qualidade e Vida] nunca teve nenhum problema. O contrato está orçado em torno de R$ 5 milhões por mês”, completou.
A secretária de saúde Sandra Magali Fihlie comparou a estrutura da nova unidade a um dos melhores hospitais do país. “Vocês vão entrar neste equipamento que é [igual] a urgência e emergência do Hospital Albert Einten [localizado no bairro do Morumbi]”, discursou, sem reforçar se o atendimento será do mesmo nível.
O ex-ministro Padilha disse estar muito feliz e agradecido porque estava sendo inaugurada “a maior UPA do Brasil e que a partir de quarta (hoje) vai abrir e nunca mais fechar”, disse.
Saúde de Embu também recebe moradores de Taboão, diz Chico
O prefeito Chico Brito respondeu as constantes críticas que os políticos de Taboão da Serra, especialmente prefeito e vereadores, fazem para justificar os problemas da saúde do município. Costumeiramente, eles alegam que a saúde taboanense não é melhor porque cerca de 30% dos atendimentos nos prontos socorros são de pessoas oriundas de outras cidades.
“Eu acho que as pessoas se equivocam quando falam isso porque da mesma maneira que Taboão recebe moradores de Embu, Embu recebe moradores de Taboão, São Paulo, Itapecerica, Cotia… se eu for arrumar isso como desculpas eu vou ficar com os braços cruzados. Essa é uma realidade que os prefeitos têm dificuldades em superar porque o SUS não impõe fronteiras para Pronto Socorro e Hospitais. Então, cada um fala o que quer, mas eu nunca usei e nunca vou usar isso como desculpas para enfrentar os problemas que temos na saúde de Embu. Eu vou continuar trabalhando”, respondeu Brito.
