Vereadores votam salário de R$ 15 mil para prefeito e R$ 12 mil para secretários em Embu

Por Alceu Lima, no Parque Industrial, em Embu das Artes

Vereadores votaram na noite desta quarta-feira, dia 16, aumento de 25% para o prefeito de Embu das Artes, que vai passar a ter salário de R$ 15.000, e de 41,2% para o vice e secretários de governo, que receberão R$ 12.000 – eram R$ 12.000 e R$ 8.500, aprovados em 2008. Após repercussão negativa e com temor de desgaste político em ano de eleições municipais, descartaram o projeto de lei original, que previa 50% (R$ 18 mil) e 64,7% (R$ 14 mil), mas aprovaram índice de aumento para vice e secretários que corresponde a quase duas vezes o concedido ao funcionalismo (24,58%). Os novos valores valem só a partir de 2013.

Mesa-diretora, que apresentou projeto, durante votação na sessão nesta quarta (16).

O novo projeto de lei sobre salários do Executivo foi apresentado com valores propostos, em reunião fechada durante a sessão passada, pelos vereadores João Leite e Maria Cleuza Gomes, a Ná, ambos do PT, que temiam “pegar mal” entre a população o primeiro aumento estipulado. Argumentaram que o prefeito Chico Brito, candidato à reeleição pelo partido, aceitava a aprovação de subsídios mais baixos. No entanto, a maioria dos colegas não concordou e defendeu que o mandatário e colaboradores tivessem vencimentos mais altos, como os previstos no texto original. “Prefeito deve ganhar bem”, disse o vereador Luiz Calderoni (PMDB).

A falta de consenso persistiu. Embora de autoria (privativa) da Câmara, o novo projeto de lei foi a votação com “racha” dos vereadores e “sob risco”. O aumento de 25% para o prefeito e 41,2% para vice e secretários teve sete votos a favor – Carlos Pires (PDT), Edgardo Cabral (PRB), Gilvan da Saúde (PPS), Arthur Almeida (PSDB), Antônio Pereira Dias (PT), Leite e Ná –, duas abstenções, e um contra – o presidente Silvino Bomfim (PT) só vota em empate. Por um voto, o projeto não foi rejeitado, e os antigos subsídios não foram mantidos, o que provocaria um efeito contrário aos que defendiam aumento maior. Os que se abstiveram queriam subsídios mais elevados.

Calderoni disse que aprovar subsídios mais baixos “é diminuir o prefeito e secretários pelo trabalho que têm feito”, ao justificar a abstenção. Também se absteve a vereadora Elisabete Carvalho, mulher do vice-prefeito Nataniel Carvalho, o Natinha, ambos do PDT. Único a manifestar voto contra, José Carlos Proença (PSDB), que antes tinha feito emenda para o prefeito ganhar R$ 14.909, e não R$ 18 mil, disse que os secretários deviam ter reajuste conforme o índice repassado ao funcionalismo, “ano a ano”, conforme prevê a Constituição do município. Milton do Rancho se ausentou do plenário durante a votação do “polêmico e impopular” projeto. Júlio Campanha (PTB) faltou à sessão.

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