Na semana passada, o vereador de Taboão da Serra, Valdevan Noventa, trocou o Partido Verde (PV) pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) com a promessa de que será um dos candidatos a deputado federal e também vai comandar a legenda na região. Porém, o acordo firmado diretamente com a direção estadual do PDT, sem o conhecimento da antiga direção municipal, irritou o antigo presidente da legenda, Khaled Ali Fares (foto), que promete resistir “politicamente e juridicamente” pelo comando do partido.
A confusão toda começou em maio deste ano quando a Executiva Estadual do PDT destituiu o diretório municipal de Taboão da Serra por falta de convenção. Porém, às pressas, no dia 26 de Setembro, a antiga direção do partido realizou a convenção. Porém, ela não foi aceita pela direção estadual. O impasse pode parar nos tribunais. Khaled garante ter respaldo jurídico e que a convenção tem que ser aceita. “Juridicamente nós estamos respaldados”, avisa.
O antigo presidente do partido também reclama que em nenhum momento foi procurado pela Executiva Estadual e pelo recém-filiado Valdevan Noventa. Khaled garante que não vai aceitar tamanho desrespeito. “Eu não aceito que passem por cima da minha dignidade e da minha moral”, reclama.
Disposto a negociar, o antigo presidente afirma que como filiado o vereador é muito bem vindo e esperar ser procurado pelo novo filiado. “Se falarem que o Noventa vai assumir sem me consultar, eles correm o risco de serem desmoralizados”, avisa Khaled.
Outro Lado: “Na verdade ele só pode ser filiado”
O vereador Valdevan Noventa (PDT) contesta a validade da convenção municipal feita às pressas no final do mês passado. “A convenção não vale nada. O diretório está destituído desde maio”, diz
Noventa afirma que vai procurar, ainda nesta semana, o antigo presidente do PDT no município para uma conversa. Mas não abre mão da direção do partido na região. “Na verdade ele só pode ser filiado do partido”, afirma.
Texto: Allan dos Reis / Foto: TSE
