35 anos de prisão: “Traz um pouco de paz”, diz mãe de mulher assassinada em Taboão após julgamento

Por Allan dos Reis e Gilmar Junior

Três anos após o crime que tirou a vida de Jaqueline Souza e Valéria Ribeiro, moradoras do Jardim Irapuã, o esfaqueador Michel da Silva Souza recebeu a condenação pelo crime que cometeu: 35 anos de prisão em regime fechado.

Em entrevista ao Taboão em Foco, Elizete Batista, mãe de Jaqueline comentou o resultado do julgamento realizado na última quinta-feira (20) no Fórum de Taboão da Serra e comentou que, apesar da revolta com tudo o que aconteceu, a decisão da Justiça trouxe um pouco mais de paz.

“Pergunta para uma mãe que perdeu um filho, arrancado por um ser assassino, frio e cruel qualquer condenação pouca. Acho que nenhuma sentença seria o suficiente nem traria a Jaqueline e a Valéria de volta. Mas estando no Brasil, pois sabemos como é a Justiça, a condenação de 35 anos traz um pouco de paz. E ele irá pagar, pelo menos, por um pouco do que fez”, comenta Elizete. No dia do julgamento, os familiares organizaram um ato em frente ao fórum para pedir Justiça.

Apesar de a sentença ser de 35 anos, e a esperança por justiça, a crença é de que o criminoso não cumpra a pena por completa.

“Todos esperamos que ele cumpra a condenação que foi dado. Nós gostaríamos que nunca saísse de lá. Infelizmente a Justiça no Brasil é diferente. Sabemos que não ficará os 35 anos. Mas esperamos que fique o máximo possível sem sair de lá”, diz Elizete que justifica o temor da soltura do acusado.

“Uma pessoa que faz isso com pessoas próximas não pode conviver em sociedade. Perigoso até para própria família. Frio e cruel”, completa.

Relembre o caso

Michel da Silva Souza era casado com a irmã da Jaqueline, chamada Janice, com quem tem um filho pequeno. Eles estavam em processo de separação. Segundo informações de uma amiga da vítima, o rapaz teria visto uma conversa entre as irmãs e não teria gostado do teor de algumas delas, que sugeria a separação.

Então, ele foi tirar satisfação e – após discussão – a esfaqueou. Jaqueline Souza morreu na hora. Valéria Ribeiro chegou a ser socorrida, atendida em dois hospitais, mas faleceu no Hospital Geral do Pirajuçara (HGP).

A outra vítima, Valéria, apesar de não ter ligação sanguínea, era “irmã de criação” da família e – estaria no local – para irem juntas para igreja. Acabou esfaqueada e morrendo horas depois. Ela era casada e deixou uma filha pequena.

Após desferir as facadas, Michel tentou fugir, mas acabou capturado minutos depois pela Polícia Militar e populares próximo ao local dos crimes.

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