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Aprígio acusa Fernando de plagiar propostas e ‘terrorismo’ no Record

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Adilson Oliveira, no PirajuçaraJardim Novo Record, em Taboão da Serra

O candidato a prefeito Aprígio (PSB) acusou o adversário Fernando Fernandes (PSDB) de plagiar propostas que vem apresentando à população durante a campanha e classificou a tática de incapacidade técnica e de inovar. “Vamos implantar o Porta-a-Porta [transporte escolar gratuito], e eu vi ele falar que vai criar. Ele está prometendo coisas do nosso plano de governo, está tomando um projeto do Aprígio e do Wagner [candidato a vice]”, disse.

Aprígio sugeriu que o partido de Fernando não idealiza projetos de grande alcance social. “A gente percebe que muitas coisas que ele está prometendo, que estão falando no carro de som, é [por] falta de capacidade, falta de criatividade, estão copiando nosso plano de governo dizendo que a ideia é dele. O bilhete único nunca foi do PSDB”, falou. O sistema foi criado em 2004 em São Paulo na administração do PT, vice na chapa de Aprígio.

Ele fez as afirmações em discurso a candidatos da coligação e apoiadores no feriado de 7 de Setembro, ao final de marcha que percorreu a estrada Kizaemon Takeuti até o Pirajuçara e reuniu mil militantes. O grupo fechou a passagem e gerou reclamações entre motoristas. “Recebemos várias manifestações de apoio, só tivemos a ganhar. Quem não está com Aprígio vai reclamar, é natural”, minimizou o coordenador-geral Irineu Casemiro.

Aprígio e Wagner, ao lado de candidatos a vereador e cabos eleitorais, fazem marcha dia 7, a um mês das eleições

Aprígio fechou o fim de semana com corpo a corpo no domingo, dia 9, no Jardim Novo Record, onde se ocupou em desmentir, segundo ele, boato de que demoliria casas da área invadida em 2004 para erguer condomínio. “Falaram para a gente que essas casas vão ser derrubadas para construir prédio. É bom saber dele o que vai fazer para a gente cobrar. Mas eu confio nele agora”, disse uma moradora após falar com o candidato.

“Ele é presidente de cooperativa e precisa de terrenos para construir. Isso preocupa o pessoal daqui, mas vou dar um voto de confiança nele por ela”, disse um morador ao se referir a uma líder comunitária candidata a vereadora na coligação do prefeiturável. Aprígio atribuiu o “terrorismo” à campanha de Fernando. “[Essa história de] Tirar a casa de vocês não existe. Eu teria vergonha de mexer com os sentimentos dos moradores”, disse.

Em entrevista ao TF, Aprígio foi mais moderado. “Acho que o ex-prefeito, talvez, não falaria isso, até para não deixar as pessoas inquietas com os investimentos que fizeram. Se falou, não pensou na hora de falar”, declarou. Disse que a área está sendo urbanizada, com financiamento federal já aprovado, e que dará continuidade às obras. “Vou asfaltar as ruas e assinar documento de regularização das casas para eles”, falou.

PROPAGANDA

Correligionários colocaram propaganda de Aprígio em uma casa após retirarem uma placa de Fernando. O morador que pediu e disse que ele próprio tinha autorizado colocar a peça do ex-prefeito, que estava pichada. “Fiz para judiar. É muita humildade antes da eleição, depois ele esquece os moradores”, disse. Cabo eleitoral de Aprígio foi ao chão ao quebrar uma laje inacabada quando fixava placa e teve ferimento na cabeça e no braço.

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