Um dos principais ativista do movimento negro de Taboão da Serra, Osvaldinho Teixeira, da Ong Tambolano, fez uma série de críticas a organização do “Mês da Consciência Negra” no município. Nesta terça-feira, dia 29, ele promete reforçar as críticas durante discurso previsto para acontecer na câmara municipal.
Não era para menos. No sábado, dia 26, estava prevista o encerramento das atividades com uma apresentação cultural afro-brasileira na Praça Luiz Gonzaga, mas a prefeitura cancelou – e não avisou – o evento para que acontecesse a “Marcha Para Jesus” no mesmo local. Apenas o evento que ocorreria na parte da manhã foi cancelado de forma oficial.
“Não é só no dia 26. Essa agenda, que eu também fiz parte e ajudei a criar, foi totalmente furada. Apenas algumas coisas aconteceram”, diz Teixeira, citando como exemplo a exposição de fotos que deveria acontecer no Centro de Memória, que fica no Cemur, mas não aconteceu.
Assim como já havia feito a própria coordenadora Leila Dias no início das atividades, o ativista também criticou as condições oferecidas pela prefeitura. “A coordenadoria [da promoção da igualdade racial] existe, mas não funciona. Ela está lotada no Cepim numa sala que só tem cadeira, mesa, caneta e papel”, criticou.
Questionado que nota daria para o “Mês da Consciência Negra” em Taboão, Teixeira foi taxativo. “Daria menos um”, cravou.
Por Allan dos Reis