Audiência dos Direitos Humanos tem cobrança por Casa Abrigo e verbas para coordenadorias

Por Gilmar Júnior, no Jardim Helena

O primeiro encontro da Comissão Permanente dos Direitos Humanos juntamente aos membros das coordenadorias do Direito das Mulheres, da Igualdade Racial e da Diversidade Sexual realizado na sexta-feira, dia 24, teve pouca adesão de participantes, mas sobraram cobranças. A presidente da comissão, Érica Franquini (PDT) e a vice-presidente Joice Silva (PTB), prometeram que vão se empenhar em lutar pelos pedidos junto à Prefeitura de Taboão da Serra.

Audiência Pública dos Direitos Humanos na Câmara de Taboão da Serra pede Casa Abrigo e verbas para as coordenadorias. (Foto: Divulgação / CMTS)
Audiência Pública dos Direitos Humanos na Câmara de Taboão da Serra pede Casa Abrigo e verbas para as coordenadorias. (Foto: Divulgação / CMTS)

Entre as principais cobranças discutidas na Câmara Municipal, a falta de infraestrutura é um problema que não permite que novas ações sociais sejam feitas pelas coordenadorias. “Apresentamos uma série de políticas públicas. A gente está sendo tratado como se não existíssemos. Como é que o Marcio [Eduardo Carneiro, responsável pela coordenadoria da Diversidade Sexual] consegue desenvolver o trabalho de política pública só com telefone e um computador?”, questionou Wanderley Bressan, líder da ONG (Organização Não Governamental) Diversitas Taboão. Carneiro endossou os pedidos de maior atenção ao grupo durante seu discurso.

O Coordenador de Igualdade Racial, Antônio Carlos Santos, trouxe números que abordam o cenário, que indica que de acordo com os últimos levantamentos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 33,2 % dos estudantes negros que entram no ensino público abandonam as aulas. A coordenadora do Direito das Mulheres, Sueli Amoedo, apresentou as ações realizadas pela pasta como no mês de março, que tem o dia Internacional da Mulher e os casos de violência doméstica contra a mulher.

CASA ABRIGO

Sueli pediu em plenário que a Casa Abrigo, um projeto de lei que tramita na Câmara desde 2013, fosse visto o quanto antes. “A Casa Abrigo seria ideal para casos como a de uma mulher que semana passada foi agredida e teve o rim perfurado pelo marido, além de ter tido o filho sequestrado. Ela chegou a coordenadoria, mas nós não tínhamos onde acomodá-la. Se não fosse a ajuda do CVTS (Centro de Voluntariado de Taboão da Serra) não saberíamos o que fazer”, disse.

Autora do projeto de lei da Casa Abrigo, a vereadora Joice, explica que a obra atenderia a região do Conisud (Consórcio intermunicipal Região Sudoeste da Grande São Paulo) e contaria com ajuda financeira dos municípios que integram o Consórcio. “A Casa Abrigo seria construída em Taboão e atenderia mulheres de toda a região. É destinado a uma mulher que vem de um caso de violência. Ela passa por um acompanhamento psicológico, assistência social, até que ela possa se restabelecer e voltar para o convívio”, explica.

A presidente da comissão, Érica Franquini, falou sobre a importância da audiência. “Tem várias coordenadorias que não têm visibilidade e às vezes a população não sabe. Temos que divulgar nosso trabalho, pois temos políticas públicas sobre isso. Fiquei um pouco triste por não ter todos os meus pares aqui”, disse. O vereador e presidente da Câmara, Cido [DEM], permaneceu na audiência por poucos minutos.

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