Por Allan dos Reis, direto da Redação, com colaboração de Márcio Cansian, do Jornal Atual

A Comissão de Finanças da Câmara de Taboão da Serra fez na manhã desta quinta-feira, dia 29, audiência pública para discutir a proposta orçamentária encaminhada pelo prefeito Evilásio Farias (PSB) para o ano de 2013. O novo orçamento será gerido pelo prefeito eleito Fernando Fernandes (PSDB). E como era previamente anunciada, a comissão descobriu um “rombo” de mais de R$ 70 milhões nos cofres públicos.
“A audiência é uma transparência no orçamento para o ano que vem. E infelizmente o rompo para o ano que vem se concretizou”, lamenta o presidente da comissão Paulo Félix (PMDB).
A dívida se intensificou a partir de agosto deste ano. São dezenas de fornecedores e prestadores de serviços que reclamam do atraso no pagamento das contas. Apenas à empresa Iacta Saúde, que gere o Pronto Socorro da Antena, a dívida é de R$ 14 milhões. A Vivo Ambiental, responsável pela coleta de lixo, tem a receber mais de R$ 15 milhões. A prefeitura também deixou de repassar mais de R$ 16 milhões a TaboãoPrev, além de dezenas de funcionários demitidos que aguarda o recebimento de suas rescisões.
Para o vereador Olívio Nóbrega (PR), o não repasse a TaboãoPrev é crime e por isso ele promete pedir o afastamento imediato do prefeito, que tem apenas mais um mês de mandato.
“Diante dos fatos vamos pedir a [Delegacia] Seccional a prisão do prefeito Evilásio Farias por apropriação indébita”, diz Nóbrega.
Nos próximos dias, os membros da comissão de finanças esperam ter mais detalhes da dívida da prefeitura para que possa encaminhar o projeto orçamentário para votação na Câmara.
HERANÇA
Faltando muito pouco para o fim da “Era Evilásio” na prefeitura de Taboão, o prefeito eleito Fernando Fernandes terá que arcar com boa parte da dívida deixada pelo atual mandatário. Nos primeiros dias o tucano terá que correr para conseguir regularizar os repasses a TaboãoPrev para manter regular o CRP (Cadastro de Regularização Previdenciária) que é concedida a cada 180 dias e vence no dia 12 de Janeiro de 2013. Sem ele, o governo federal não repassa verbas à cidade.