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Aumento de salário dos vereadores de Taboão trava as votações na câmara

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A Câmara de Taboão da Serra teve mais uma sessão pouco produtiva nesta terça-feira, dia 13. Apenas as indicações foram aprovadas. Por trás de toda essa confusão está à tentativa de alguns vereadores, liderados por Paulo Félix (PMDB) e Olívio Nóbrega (PR), de incluírem o aumento salarial dos vereadores, prefeito e secretários, a serem pagos a partir de 2013, num pacotão de projetos a serem votados em bloco. Um pedido de vistas – por cinco dias – dos projetos da pauta foi aprovado e a discussão vai se prolongar até a semana que vem.

Discussão em torno do salário dos vereadores trava sessão na câmara de Taboão da Serra. (Foto: Allan dos Reis)

“Tem vereadores que só querem ter o bônus e não desejam ter o ônus”, disse Félix, que acusou o vereador Ronaldo Onishi (PSB) de ter sido o responsável pela paralisação das votações de terça. “Não houve consenso e por isso nada foi votado”, afirmou Onishi, que promete votar contra o aumento dos salários dos vereadores. “Eu sou contrário a essa votação”, cravou.

O vereador Cido (DEM) também já declarou a reportagem do Taboão em Foco que vota contra o aumento e que a proposta “é legal, mas é imoral”, disse. O petista Wagner Eckstein, ainda não disse publicamente ser contrário ao aumento, mas acredita “que a votação neste momento é inapropriada” e quer a votação de projeto a projeto.

A indefinição foi alvo de críticas de funcionários da Usina (almoxarifado central da prefeitura). “Nós estamos aqui que nem besta esperando vocês”, disseram ao presidente Macário (PT), em referência ao intervalo regimental de quase duas horas.

Se aprovado, os vereadores eleitos para a legislatura 2013-2016 passariam a ganhar R$ 10.012,50, correspondente a 50% dos subsídios pagos aos deputados estaduais. Atualmente eles recebem R$ 6.187,50 por mês.

“PRESIDENTE SUBSERVIENTE”

O vereador e pré-candidato a prefeito, Wagner Eckstein (PT) acusou o presidente da câmara, Macário, de ser um “presidente subserviente” aos mandos do vereador Félix, após o mesmo encerrar a sessão sem conceder (novamente) a palavra ao vereador Onishi.

Após longo bate-boca, os vereadores trocaram mais insultos no fundo da câmara. Na saída, Eckstein retirou parte das críticas. “Eu exagerei na crítica. O presidente é muito bom. Eu respeito o Macário”, disse.

Questionado pela reportagem, Macário não quis se pronunciar. “Amanhã (quarta) eu falo”.

EXTRAORDINÁRIA

Na próxima sexta-feira, dia 16, às 10 horas, a câmara realiza sessão extraordinária para votar o projeto de lei complementar que “Autoriza o Poder Executivo a celebrar contratos, convênios ou quaisquer outros tipos de ajustes necessários, com o Estado de São Paulo, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – ARSESP e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, nas finalidades e condições que especifica, e dá outras providências”.

 Por Allan dos Reis

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