Por Alceu Lima, no Parque Industrial, em Embu das Artes
Divergência entre vereadores sobre a remuneração do Executivo, na sessão passada, no dia 9, adiou a votação do aumento do salário do prefeito de Embu das Artes, que passaria a R$ 18 mil, 50% a mais do que o fixado no último ano da legislatura anterior, e do vice e secretários municipais, que chegariam a R$ 14 mil, acréscimo ainda maior, de 64,7%, sobre R$ 8 mil aprovados também em 2008. Os subsídios que passarem em plenário só irão valer a partir de 2013. O projeto de lei pode ser votado nesta quarta-feira, dia 16.
Conforme apurou o Taboão em Foco, em discussão a portas fechadas, os vereadores João Leite, líder da bancada do PT, e Maria Cleuza Gomes, a Ná, ambos do partido do prefeito Chico Brito, consideraram “muito” elevados os aumentos estipulados, propostos por ato privativo da presidência da Câmara – definidos, porém, após conversas com advogados da prefeitura. Os dois teriam argumentado que Brito, pré-candidato à reeleição, concordara com salário menor, e passaram a defender valores mais “aceitáveis”.
Ná teria sugerido R$ 15 mil de salário para o prefeito e R$ 12 mil para vice e secretários. O vereador Luiz Carlos Calderoni (PMDB), integrante da mesa-diretora, teria declarado que o “prefeito deve ganhar bem” e defendido os valores iniciais. O vereador José Carlos Proença (PSDB) manteve emenda para reduzir o subsídio do prefeito para R$ 14.909, e do vice e secretários, para R$ 10.589, conforme índice de reajuste concedido ao funcionalismo – 24,58% nos últimos quatro anos –, como determina a Lei Orgânica.
Na volta ao plenário, Carlos Pires (PDT) questionou apresentação da emenda ao sustentar que o projeto não estava tramitando na Comissão Mista, que preside. Os trabalhos voltaram a ser suspensos, e em nova discussão reservada, ele teria sido avisado de que o texto era apreciado havia 15 dias – teria faltado a duas reuniões da comissão. O projeto foi retirado, e também pode ser votado só próximo de 30 de junho, data-limite. Alguns vereadores teriam cogitado votar na última sessão, e com o recesso de julho evitariam a imprensa.