Motoristas são obrigados a passar bem devagar e chegam a bater a roda e a dianteira do carro em um buraco que vai do meio-fio até a metade da largura do asfalto na Avenida Cid Nelson Jordano com a rua Maria Patrícia da Silva, no Jardim Novo Record, em Taboão da Serra. A via tem grande circulação de veículos por ser um dos acessos à rodovia Régis Bittencourt. “É o fim do mundo!”, disse uma mulher ao transpor com dificuldade a vala na noite deste sábado, dia 10.
Em um horário de reduzido movimento, entre 21 e 22 horas, mais de dez carros chegaram a formar fila por terem de seguir em baixa velocidade e muitos motoristas se arriscaram em passar ao mesmo tempo em espaço estreito da via, de mão-dupla. Um motoqueiro e o garupa caíram ao passar pelo buraco quando um veículo também tentou avançar. O entregador de pizza iniciou uma discussão com o motorista. Após rápido bate-boca, ambos foram embora sem maior atrito.
Guias foram postas na vala como calço, mas não atingem o nível do chão e são curtas. O ex-prefeito Fernando Fernandes (PSDB) [foto], no banco do passageiro, passou pelo buraco, mas não reclamou – cumprimentou a reportagem por estar naquele horário na rua e “prestar serviço à comunidade”. Minutos antes, porém, um motorista protestou para um homem com uniforme da Sabesp que estava no local. Ele alegou que a chuva levou o asfalto reposto após obra no trecho.
SEM AVISO
O trecho da Cid Nelson onde se abriu o buraco teve o asfalto quebrado e foi escavado na sexta-feira para colocação de tubulações de esgoto. Motoristas que vinham da Régis Bittencourt ou do Parque Pinheiros via Vila Iasi se depararam com a avenida interditada pela obra e tiveram que retornar ou pegar rua de terra não aberta ao tráfego. As vias próximas não tinham qualquer indicação de desvio ou faixa com aviso de interdição apesar de os trabalhos vararem a noite.
Redes de casas no bairro foram interligadas à tubulação que leva à estação de Barueri, segundo a empreiteira a serviço da Sabesp. “É necessária a interdição, é para ter uma melhoria, agora vamos tirar muito esgoto do córrego [Ponte Alta] e mandar para tratamento”, disse a supervisora, que pediu para não ser identificada. Serviço de aterrar foi feito, mas não evitou o buraco e ainda uma cratera, que tomou a outra metade da largura da via, isolada com fitas de segurança.
Por Adilson Oliveira