Por Allan dos Reis, no Jardim Maria Rosa, em Taboão da Serra
Os vereadores de Taboão da Serra apresentaram e aprovaram no meio da madrugada desta quarta-feira, dia 27, o projeto de lei com reajuste salarial de 33% para os 17 secretários municipais de R$ 12 mil para R$ 16 mil por mês. No início do mês, os mesmos vereadores rejeitaram a proposta – na época encaminhada pelo prefeito – que aumentaria a remuneração para R$ 14,5 mil. Apenas os vereadores Professor Moreira (PT) e Luiz Lune (PC do B) se mantiveram contra o aumento, que vai para sanção do prefeito.
Os técnicos em higiene bucal também tiveram os seus salários reajustados em 28% passando de R$ 820 para R$ 1,05 mil, mas neste a votação foi unânime. Os dois projetos agora vão para sanção do prefeito Fernando Fernandes. Outros projetos que reduzem a gratificação por produtividade de até 100% para no máximo 40% também foi aprovado.
As justificativas para o aumentos foram as mais variadas possíveis. “A questão é responsabilidade. Hoje os secretários podem ter até os seus bens indisponíveis devido à função que exercem”, diz André Egydio (PSDB).
“Eu voto favorável ao aumento. No nosso salário tem muito desconto. Só de desconto são R$ 4 mil. É muito desconto. E o pessoal acha que a gente ganha muito”, justificou Érica Teixeira Franquini (PDT), que afirma que ganhava a mesma coisa quando tinha dois empregos.
Segundo apurou o Taboão em Foco, alguns secretários que vieram de outras cidades estavam pressionando e reclamando dos atuais salários e – para não perder esses profissionais – os vereadores apresentaram a proposta. No ano passado, a antiga Câmara já havia reajustado o salário dos mesmos de R$ 7,5 mil para os atuais R$ 12 mil, que vigora desde Janeiro.
“Eu não consigo admitir o aumento por causa de secretários que não são da cidade”, protestou o petista Moreira. Já para o vereador Lune, que foi secretário na gestão passada e ganhava R$ 7,5 mil, diz que “eles ganham muito bem”.
O presidente da Câmara, Eduardo Nóbrega (PR), que foi quem recolheu as assinaturas para que o projeto entrasse em regime de urgência, “essa Câmara não esconde os projetos da população como o aumento aos secretários”, diz.
Os outros vereadores também foram à tribuna e evitaram tocar na questão do aumento salarial aos políticos.