Por Allan dos Reis, no Jardim Helena
A Câmara de Taboão da Serra foi palco na quarta-feira (14) de ato a favor das “Diretas Já”, que pede a cassação do presidente Michel Temer (PMDB) e novas eleições presidenciais no Brasil, organizado pelas Frentes Povo Sem Medo e a Brasil Popular. Também participaram da plenária líderes sindicalistas e políticos da região.

“Nós temos hoje o governo mais corrupto da história. Temos que amplificar esse movimento para todos os municípios do país. Taboão da Serra está dando um exemplo. […] Esse governo só conta com o apoio dos ricos. Temos que fazer que os 90% [da população] que não aceita esse governo venha para rua”, diz José Afonso, responsável pela secretaria do MTST.
“Precisamos construir propostas reais de baixo para cima”, reforçou Stan, candidato a prefeito em Taboão da Serra pelo Psol nas duas últimas eleições. Para o presidente estadual do Psol, Juninho, “esse é um momento de unificação e luta do que queremos lá na frente”, completa.

Também falaram sobre a atual situação política do país os presidentes municipais do PC do B, Toninho, e do PT, Maurício Lourenço. Também havia representantes dos Sindicatos dos Metalúrgicos e dos Marceneiros.

O vereador Professor Moreira (PSD) foi o único parlamentar de Taboão da Serra a participar do ato e reforçou suas críticas. “Todo mundo está vendo o que acontece em Brasília e no Estado [de São Paulo]. O governo [Temer] está se segurando, mas vai cair. Temos que tirar o Temer em Brasília, o governador [Geraldo Alckmin-PSDB] e o prefeito [Fernando Fernandes-PSDB] desta cidade”, discursou. Ele aproveitou a ocasião para reforçar o apoio aos servidores da educação que estão em greve e que leram uma carta durante o ato.
Líder do MST em Taboão da Serra, o ex-vereador Paulo Félix reforçou a necessidade de ocupar as ruas no próximo dia 30 de junho, dia em que movimentos sociais e sindicatos prometem nova greve geral.
“Vamos botar para fora o ‘vampiro’ do povo brasileiro, o golpista Michel Temer. Não podemos ter ilusão neste congresso nacional que cassou uma presidente [Dilma Rousseff] que teve 54 milhões de votos e quer salvar esse golpista. […] Por isso, no dia 30 temos que parar o país”, diz Félix.

Líder do MTST no país, Guilherme Boulos elencou três alternativas possíveis no país com a crise. A primeira seria deixar o Temer. A segunda é cassar o Temer e deixar o ‘andar de cima’ colocar alguém deles. E a alternativa defendida por Boulos e os movimentos sociais é “tirar o Temer e não deixar esse Congresso decidir quem vai governar. É fora Temer e Diretas Já”, encerrou.