Por Adilson Oliveira, no Jardim Saporito, em Taboão da Serra
Mureta de segurança começou a ser colocada no córrego Joaquim Cachoeira no trecho do Jardim Saporito, em Taboão da Serra, nesta terça-feira, dia 29, duas semanas após um morador cair no canal e morrer ao lutar com um assaltante. A colocação de cerca de 500 metros de proteção de cada lado levará 15 dias, de acordo com a empreiteira. O secretário de Obras, Ricardo Rezende, disse ao Taboão em Foco no último dia 22 que a instalação estaria concluída até a semana que vem.
O córrego está sendo canalizado e não tem proteção. “Mais 15 dias, ele terá guarda-corpo”, afirmou o secretário na ocasião. Rezende externou que mureta proporciona uma “segurança relativa” e contestou o protesto de moradores de que o borracheiro de 30 anos não teria morrido se a proteção existisse. Disse que a prefeitura não pode ser responsabilizada se a pessoa reage e luta com um criminoso até cair no canal. “O assaltante é mais perigoso que o córrego”, sentenciou.
Rezende questionou ainda a reclamação de que o córrego não pode ficar sem proteção, já que muitas crianças circulam no local. Ele disse que o rio, antes da obra, “nunca teve grade nenhuma, somente em frente a escola” do bairro. “Mas não custa fazer a proteção, sinalizada”, disse. Informou que restavam apenas detonação de rocha e finalização de pontilhões para conclusão da etapa. O último trecho, após a travessa da estrada Benedito Cesário de Oliveira, será canalizado até o fim do ano, garantiu.
Rezende destacou o término da canalização do córrego Ponte Alta, no Jardim Salete. “O trecho na Vila Iasi não foi contratado”, explicou. Disse ignorar que a presidente Dilma Rousseff voltaria a Taboão para inaugurar obras e vistoriar as canalizações, apesar do convite do PT, seu partido. Ele se mostrou incrédulo. “Ela não viria por causa de nossos modestos córregos.” De acordo com a vice-prefeita Márcia Regina, a visita estava prevista para sábado passado. Ficou só na expectativa.