Por Allan dos Reis, no Parque Monte Alegre
O vereador Marco Paulo (Pros) convocou uma coletiva de imprensa no final da tarde de quinta-feira, dia 4, em sua residência e anunciou que conseguiu o apoio de seis vereadores, incluindo os da oposição, na sua corrida pela presidência da Câmara de Taboão da Serra. Com o seu voto, ele fica com sete votos e será eleito se todos mantiverem o acordo celebrado.
“Nós nos reunimos e como todos sabem estamos em processo eleitoral interno da casa em os vereadores. Chegamos ontem (quarta) em um consenso e fechamos questão em relação à próxima mesa que estará no próximo biênio [2015-2016] da casa. Essa [coletiva] é para acabar com as ilações. A mesa seria eu [Paulinho] presidente. A vereadora Érica Franquini [PSDB] vice-presidente, vereador Cido [DEM] primeiro-secretário e o vereador Ronaldo Onishi [SD] segundo-secretário”, anunciou Marcos Paulo.

O candidato a presidente fez questão de ressaltar que apesar de ter o apoio dos oposicionistas Luiz Lune (PC do B), Luzia Aprígio (PSB) e Professor Moreira (PT), o grupo mantém total apoio ao prefeito Fernando Fernandes (PSDB), que ao saber da notícia ficou irritado e chegou insinuar que estaria sendo traído pelos parlamentares.

“Nós somos base do prefeito. Ninguém aqui está prometendo votar nada contra ele. Eu sou governo”, ressaltaram diversas vezes os governistas.
O petista Moreira afirma que havia sintonia entre o grupo porque disputaram as eleições de 2012 apoiando o então candidato José Aprígio.
“Tudo foi construído dentro de um amadurecimento. Ao longo de anos. Todos nós aqui, exceto o Cido, fomos eleitos trabalhando do mesmo lado em 2012. Naquela ocasião a presidência foi oferecida ao Paulinho, ao Cido e ao Porta. O grupo está pensando desta forma. Para fazermos frente e sermos mais autônomos. Ficamos unidos no início e depois alguns decidiram compor o governo”, diz Moreira.
CIDO E ÉRICA SERÃO OS MAIS PRESSIONADOS A MUDAREM O VOTO
O prefeito Fernando Fernandes deixou claro que fará de tudo para convencer os vereadores Cido (DEM) e Érica Franquini (PSDB) a mudarem os seus votos. Porém, ambos foram categóricos que a decisão não é passível de mudança.
A neo tucana foi clara ao dizer que “vai manter o voto mesmo que seja expulsa do PSDB”, partido que se filiou após ser expulsa do PDT no primeiro semestre deste ano. Já o vereador Cido, mais experiente, fez questão de dizer que não é uma mesa de oposição e garante. “O meu voto não tem volta. Estou declarando e é inquestionável”, afirma.
Em entrevista ao site O Taboanense, Fernandes afirma que convocou uma reunião da executiva do PSDB e que o DEM teria feito o mesmo e criticou o acordo com a oposição.
“Quando você faz acordo com a oposição, vocês está negociando espaço, espaços importantes nas comissões de Orçamento, de Finanças. E isso pode causar dificuldade para que os projetos de governo avancem na Câmara, eu não acho justo que se entregue cargos importantes, estratégicos, dentro das comissões para a oposição. O Paulinho poderia ser o presidente sem problema, mas dentro daqui, dentro dos 10 votos”, disse Fernandes.