A reunião mensal do Conselho de Segurança de Taboão da Serra – Jardim Monte Alegre – aconteceu na última quinta-feira, dia 24, na sede da Associação dos Amigos de Bairro do Jardim das Oliveiras. Com a presença de representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Guarda Civil Metropolitana e de representante da Câmara Municipal, os mais de 100 moradores do bairro relataram diversos casos de violência no bairro, como os roubos às mulheres.
Os roubos costumam acontecer quando os trabalhadores, em especial às mulheres, saem de suas casas rumo aos seus trabalhos. Andar entre as cinco e sete horas da manhã no bairro tem sido uma atividade de risco. Os bandidos agem montados em suas motos. Dias desses, relata um morador, um desses bandidos já estava com cinco bolsas penduradas no braço. A sexta vítima conseguiu escapar.
E assim como já havia acontecido na reunião passada, à comunidade culpou o aumento da violência a ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que acontece no Jardim Helena desde o fim do mês de março. Mais uma vez também, os representantes pelo policiamento na região afirmaram que realmente há um aumento no número de ocorrências naquela região, mas que não há como afirmar que os crimes são cometidos por pessoas que estão no acampamento.
Para o presidente da Associação de Amigos de Bairro do Jardim das Oliveiras, Donizete Samuel Santana, a reunião foi importante porque agora os comandos das policias têm ciência dos crimes que acontecem na região.
“Eu creio que agora vai aumentar o policiamento. A gente está tendo muitos problemas na parte da manhã, na hora que as mulheres vão trabalhar”, diz Santana, que fez questão de destacar a importância de unir para discussão as autoridades policiais e a comunidade.
Para os moradores da região, o distrito policial – localizado na região central – é muito longe, e por isso essas ocorrências não são registradas e acabam fora das estatísticas policiais divulgadas trimestralmente pela Secretaria de Segurança Pública. Por isso, as lideranças do bairro estão mobilizando os empresários do bairro para a construção de uma base da polícia. Porém, o Capitão Will da Policia Militar afirma que pode não haver pessoal – no mínimo 10 – para ficar na Base. É melhor “que eles fiquem circulando” pelo bairro.
População reclama de atendimento na delegacia
“O atendimento na delegacia não são dos mais agradáveis”, disse um dos participantes da reunião. Frases semelhantes a essas foram ditas durante toda a noite. Demora, mau atendimento e distância têm feito muita gente deixar de lado o registro de furtos e roubos.
O Delegado da Seccional de Polícia de Taboão, Dr. Marcelo Santos da Silva, afirmou que todos que trabalham no DP têm obrigação de atender a todos da melhor maneira possível. “Se não for bem atendida o munícipe pode reclamar do servidor público, que é um policial civil, e que vai responder administrativamente através de um processo. Ele pode ser até demitido para o bem do serviço público”, diz Silva.