Por Allan dos Reis
Os números apresentados pelo Ministério do Trabalho, através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mostram que o desemprego formal voltou a crescer em Taboão da Serra no mês de abril, contrariando os números positivos dos municípios vizinhos. Após dois meses de alta, o número de demissões superou em 120 a quantidade de contratações. Durante o mês foram contratados 1.724 trabalhadores e demitidos outros 1.844. O número só não foi pior porque o setor da construção civil contratou mais de 300 trabalhadores conforme mostra o quadro abaixo.
Para o Diretor de Relacionamento Institucional da Associação das Indústrias da Região Sudoeste da Grande São Paulo (AISSP), setor que mais demitiu nos últimos 6 meses, Moisés Steffanelo, as demissões são dolorosas porque têm um custo muito alto e junto há perda de inteligência, mas “essas medidas extremas são tomadas como última medida de economia”, ressalta.
A previsão da AISSP é que “a crise vai se prolongar por mais algum tempo” e por isso quer o setor público mais próximo do setor industrial. Acesso e esgoto são as principais reivindicações. Em reunião conturbada entre empresários e representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico foi acordado que a Secretaria vai apresentar um plano de ação com datas para instalação.
Nos últimos seis meses, o déficit de empregos do setor industrial chega a 844 vagas. A reportagem do Blog Taboão em Foco procurou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Jacira Moretti Iamundo, em diversas oportunidades para comentar as demissões no município, mas conseguiu uma entrevista. A única resposta foi que ela “sabia da gravidade dos números e já estava trabalhando”, disse por telefone. Foram encaminhadas algumas perguntas via email, mas até a publicação desta matéria não houve resposta.
Confira abaixo os números de Embu e Itapecerica da Serra