Da redação do Taboão em Foco
O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) recebeu na sexta-feira (14) uma comissão de servidores da educação de Taboão da Serra que realizaram greve por mais de dois meses. O grupo pede apoio ao parlamentar para que a pauta de reivindicação seja acatada e que a Prefeitura Municipal não desconte os dias parados.
“[Os servidores] Estão sendo punidos pela Prefeitura e pelo atual prefeito [Fernando Fernandes-PSDB] da cidade, como por exemplo, com o corte de salários. Elas estão recebendo o holerite zerado. Não estão recebendo nada. Isso é um absurdo. É inconstitucional, é uma agressão a lei de greve, que nós conquistamos na Constituição Federal [de 1988]. Além disto, estão sendo intimadas e perseguidas recebendo telegramas dizendo que elas podem ser exoneradas por terem extrapolado o limite de faltas”, diz Giannazi.
Em seguida, ele prometeu a recorrer às comissões da Assembleia Legislativa e ao Judiciário para que os salários sejam pagos pelo poder público. “Vamos acionar as comissões de educação e direitos humanos e semana que vem [essa] vou ao Ministério Público levar essa denúncia contra o prefeito, que está perseguindo e assediando as trabalhadoras da educação de Taboão da Serra”, completou.
Um dos representantes do Siproem (Sindicato dos Professores das Escolas Públicas), Luiz, reforçou as críticas durante a reunião e reclamou da falta de negociação do poder municipal.
“Desde o início seguimos todos os ritos legais possíveis, no início da greve tentamos abrir negociação para negociar a pauta de reivindicação dos trabalhadores de Taboão da Serra, que não tem reajuste nenhum, reposição da inflação há mais de seis anos e infelizmente o prefeito Fernando Fernandes se nega a negociar com os professores e com os sindicatos”, diz.
Já no fim do vídeo, o deputado estadual não poupou críticas ao prefeito e lembrou que o sindicato judicializou o dissídio.
“É altamente ilegal o que o prefeito está fazendo. Ele está numa posição covarde, autoritária, é uma posição execrável do prefeito de cortar o ponto das professoras, nós temos professoras grávidas, que sustentam as suas famílias e não estão recebendo. Isso é um absurdo, a greve nem foi julgada ainda”, completou a crítica, Giannazi.
NA JUSTIÇA
A greve dos servidores da educação de Taboão da Serra, especialmente com adesão das ADI’s, ADE’s e Auxiliares de Classe, começou no dia 28 de abril e terminou apenas no dia 3 de julho. Entre as principais reivindicações estão o dissídio salarial e a concessão de vale-transportes ao funcionalismo.
Sem acordo, o Siproem recorreu a Justiça para que o dissídio seja concedido. Tanto a Prefeitura quanto o Sindicato já fizeram suas alegações finais, mas ainda não tem data para o julgamento do caso.
OUTRO LADO
A assessoria do prefeito Fernando Fernandes informou que não irá fazer nenhum tipo de manifestação a respeito do vídeo.
CONFIRA ABAIXO O VÍDEO: