Por Allan dos Reis, na região Central
Uma caminhada neste domingo (dia 2) reuniu cerca de 300 pessoas em Taboão da Serra para celebrar o “Dia Mundial do Autismo”. O percurso foi da Praça Nicola Vivilechio, no Centro, até o Parque das Hortênsias. O evento foi organizado em parceria do vereador Eduardo Nóbrega (PSDB) junto com o Projeto Borboleta Azul.
Cidinha Pelegrina, da Associação Borboleta Azul, composta por mães, familiares, profissionais da saúde e educação e pró ao autismo, que se reúnem com o objetivo de para passar informações, discutir matérias na mídia e estudar legislação a respeito do tema.
“O autismo é um transtorno que compromete três itens: comunicação, comportamento e interação social. Geralmente o autismo interfere em questões sensoriais com audição, tato, visão. Às vezes um ruído muito forte, que para as pessoas pode ser considerado normal, para eles interfere e desestabiliza. Por outro lado, temos autistas com altas habilidades como desenho, arte, música, matemática, informática. Precisamos que cada pessoa é uma e tem um jeito diferente de aprender”, explica Cidinha.
Ela acredita que cerca centenas de alunos matriculados na rede municipal sejam autistas e que muitos pais não tenham ciência que são portadores deste transtorno. Até mesmo adultos convivem em nossa sociedade sem sequer ter o diagnóstico, que é demorado e envolve diversos especialistas como psiquiatras e neuros.
A caminhada também marca a abertura da Semana de Conscientização do Autismo, que terá outras atividades no município como o Encontro do Autismo no sábado (8) na Câmara Municipal.
Para o vereador Eduardo Nóbrega (PSDB), a caminhada é importante para conscientização e o início da luta pela criação de uma Clínica Escola em Taboão da Serra para atender as crianças autistas como foi feito na cidade de Santos, litoral paulista.
“A proposta é sair do campo das ideias e chegar nas ações. O objetivo final desde processo, além do debate e das discussões, é alcançar uma Clínica Escola em Taboão da Serra.[…] É um ambiente com equipe multidisciplinar em que a criança possa ficar no local por quatro horas diárias, após o horário da escola [regular], no contraturno, para tratamento e para as mães, que sofrem muito, também tenham um tempo para ela. É possível e tem dinheiro federal, tem dinheiro estadual e tem dinheiro municipal. Colocamos uma meta de ter uma clínica-escola até 2020”, anunciou Nóbrega.
Também participaram da caminhada os vereadores Alex Bodinho (PPS) e Ronaldo Onishi (SD), que também tem ações voltadas às pessoas com autismo.