Por Allan dos Reis, na região central
Alunos da rede estadual de ensino de Taboão da Serra e Embu das Artes, acompanhados por professores, sindicalistas e integrantes do MTST, realizaram mais uma manifestação nesta quinta-feira (22) contra a proposta de reorganização escolar apresentada pela Secretaria de Educação do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A única novidade do encontro entre uma comissão de manifestantes e a diretora de ensino Maria das Mercês, responsável pelo estudo na região, foi a respeito da nova proposta para a Escola Estadual Professor Alípio de Oliveira e Silva que não será mais fechada, como foi apresentado na proposta inicial.
“Hoje eu não tenho para vocês nenhuma resposta, a não ser uma, que o Alípio não fechará. Ou seja, não terá nenhuma unidade escolar fechada [em Taboão da Serra]. Mas ela será segmentada”, informou.
A segmentação proposta pela Secretaria Estadual de Ensino é que a partir de 2016, as escolas sejam divididas por três ciclos: Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Com o ciclo único, alunos do Ensino Médio, por exemplo, poderão estudar apenas com estudantes deste segmento.
Os alunos não pouparam críticas as futuras mudanças de escolas. Eles afirmam as distancias vão aumentar e a insegurança também. “Vocês não estão levando em conta outras coisas. Por exemplo, na minha escola tem piso, não tem ventilador, o banheiro é quebrado”, criticou uma aluna do Antonio Inácio Maciel.
Para o pai de um aluno seria muito simples. Se ninguém aprovou a reorganização, deveria ser cancelado. A mãe de uma aluna destacou que os professores acompanham desde o início o estudo de seus filhos e agora eles vão ter que ira para outra unidade de ensino sem qualquer vínculo.
O representante da Apeoesp Subsede Taboão da Serra, Miguel Leme, relembrou da primeira visita a Diretoria no dia 6 de outubro e que a proposta de ouvir a comunidade não foi ouvida.
“Nós colocamos concretamente que a diretoria deveria indicar as escolas para que realizassem assembléias e que o desejo da comunidade fosse respeitado. E que o posicionamento da diretoria, fosse o da comunidade. E a resposta foi não”, reclamou.
Sem nenhum avanço, a reunião terminou com a fala do Professor Toninho, de Embu das Artes. “A comunidade está aqui para dizer que não aceita [a reorganização] e você [Maria das Mercês] para dizer que vai fazer”, disse.