No reinício da 25ª Sessão, nesta sexta-feira, dia 4, os vereadores de Taboão da Serra aprovaram o projeto de lei complementar, encaminhado pela prefeitura, que vai regulamentar o transporte alternativo no município. A partir da próxima licitação, apenas pessoas jurídicas podem participar da concorrência. O vereador Valdevan Noventa (PV), presidente da comissão de transporte, foi o único a votar contra o projeto, já que o Presidente da Câmara, José Luiz Eloi, só vota em caso de empate.
O líder do governo, vereador Paulo Félix (PSDB), promete que o ganhador da licitação vai arcar com a manutenção de pontos de ônibus, iluminação, entre outras benfeitorias. O líder ressalta que o poder público tem “que pensar primeiro nos usuários do transporte para depois pensar em seus operadores”, diz Félix.
A votação ocorreu sob um fortíssimo aparato de segurança dentro e fora da câmara municipal. Dezenas de policiais, civis e militares, foram deslocados para impedir qualquer ato de vandalismo, como os ocorridos na última terça. A GCM também deslocou um grande efetivo. Até a ‘tropa de choque’ da guarda, com vestimentas especiais e escudos de segurança, foram deslocados para dar segurança durante a votação. As cadeiras mais próximas dos vereadores foram isoladas e algumas pessoas tiveram suas bolsas e mochilas revistadas para entrar na câmara.
Minutos antes de começar a sessão, a maioria dos representantes do transporte alternativo foram embora. Durante a votação, os ‘perueiros’ que acompanhavam a sessão protestaram contra a aprovação do projeto.
GRANDE IMPRENSA
A polêmica votação chamou a atenção dos principais veículos de comunicação do Brasil. TV Globo, TV Bandeirantes e Rede TV mandaram ao município uma equipe para acompanhar a votação.
INSEGURANÇA
Depois da lamentável noite de terça-feira, o vereador Paulo Félix diz que não sentiu medo de caminhar pelas ruas do município depois dos atos de vandalismo ocorrido na câmara. O vereador andou pela periferia, foi ao supermercado e a feira. Félix pediu apenas para que seus filhos se recolhessem um pouco por não saber o que poderia acontecer.