O prefeito Evilásio Farias (PSB) minimizou o corte de energia elétrica em equipamentos da administração, rechaçou a ideia de “falência” da gestão por causa do episódio e disse que o governo Fernando Fernandes (PSDB) deixou de pagar contas de luz de prédios municipais por oito anos sem ser importunado, em entrevista ao Taboão em Foco na noite desta terça-feira, dia 13. Ele afirmou que ainda desconhece o motivo para a falta de pagamento.
“O que aconteceu também estou procurando saber. Vou ver quem é o responsável – ou irresponsável – pelas contas de água e luz da prefeitura e por que não pagou. Agora, esqueceram ou não sei o que aconteceu e virou notícia. Que bom. Mas o governo anterior ficou oito anos sem pagar a luz, e a imprensa não disse nada”, declarou Evilásio, inconformado, ao final de encontro com moradores na Igreja Nossa Senhora Aparecida no Jardim Helena.
No dia 5, a base da Guarda Civil Municipal na região do Pirajuçara teve a energia elétrica cortada depois de oito meses de contas não quitadas. O fornecimento foi restabelecido 48 horas depois. Três dias depois, o estádio municipal José Feres, no Jardim Maria Rosa, também teve a luz desligada pela AES Eletropaulo por falta de pagamento. A Secretaria de Governo, que seria a que recebe as faturas de serviços das concessionárias, não se pronunciou.
O prefeito falou sobre a interrupção de energia na unidade da GCM. “Foram só dois dias. A Guarda tem que trabalhar na rua. Lá dentro se ficarem à luz de velas dois dias não morre ninguém nem atrapalha o trabalho”, disse. Ele reconheceu que a falha “não é normal”, mas que funcionário público também erra. “Jornalista não erra? Aliás, erra muito. Eu não admito erro. Vou verificar se deixar um equipamento sem luz é caso de exoneração. Alguém errou”.
Diante da opinião de parte da população de que a falha deixa a percepção de falência do governo, Evilásio retrucou e listou realizações, entre elas, segundo ele, recapeamento de 80% das ruas da cidade, canalização dos três córregos até 2012, dobrar o número de equipamentos de saúde e “aumentar em três vezes e meio o salário do professor”. “Isso é falência? São opiniões apaixonadas”, disse. Contatado, o ex-prefeito Fernando não se manifestou.
Por Adilson Oliveira
Especial para o Taboão em Foco