Por Allan dos Reis, na Vila Sônia
Um vazamento de gás por volta das 6h40 desta quarta-feira (9) culminou com forte explosão que destruiu duas casas na Rua Carlos Grotte e matou mãe e filha, além de deixar outra filha ferida nas pernas, que está internada no Pronto Socorro da Antena. O homem que mora na outra casa teve cerca de 90% do corpo queimado e foi levado de helicóptero até o Hospital das Clínicas. Participaram do resgate 10 viatura do Corpo de Bombeiros, o helicóptero Águia da PM, a GCM de Taboão, a PM e o Samu.
Uma das primeiras pessoas a chegar no local para prestar socorro foi o serralheiro João Eduardo da Silva. “Moro na casa ao lado do acontecimento. Por volta das 7h houve uma explosão que afetou a janela do meu quarto, com pedaços de telha caindo para dentro da minha casa. Levantei assustado tirando a minha família de dentro de casa. E no quintal já escutei os gritos da vizinha, aí corri para fazer o socorro junto com toda a vizinhança”, afirma.
As vítimas fatais foram Maria Edilza, que chegou a ser socorrida e morreu no PS e teve paradas cardíacas. Já sua filha de 21 anos, Thaís Costa, acabou morrendo no local. O corpo foi recolhido pelo IML após a perícia.
A enfermeira Edna Trindade, filha da proprietária do imóvel onde ocorreu à explosão, diz que as vítimas moravam há 10 anos no local. “Elas são inquilinas da casa minha mãe e dividem meia parede com a minha casa. O Paulo que deve ter mais ou menos 26 anos, morava em dois cômodos e colada na casa dele, a Edilza de mais ou menos 56, a Fancielly de 17 anos e a Thais de 21 anos. Mãe e duas filhas”.
Como a explosão foi motiva por vazamento de gás, a perícia tenta responder se o mesmo foi causado por botijão de gás, que havia no local, ou por gás encanado também oferecido no local. Na casa “tinha um cano bem rente a parede e houve um reparo [recente] porque estavam mexendo no negócio da luz (fiação). Tinha um furo, eles vieram arrumar, mas a gente não sabe se foi isso. Estamos esperando o perito para dar uma resposta mais concreta para a gente”, completou Edna.
Técnicos da Cetesb estiveram no local para fazer a vistoria. Em seguida foi a vez da Perícia. O delegado Francisco José Videira esteve no local, mas saiu sem dar entrevistas. A principal reclamação dos moradores do local foi a demora do Corpo de Bombeiros, que segundo eles, demorou mais de meia-hora. “O resgate demorou mais ou menos quarenta minutos” reclamou um deles. Outra mulher reclamou pelos mesmos motivos as redes de tv, que passaram o dia no local. Pelo twitter, o CB rebateu a demora.
O atendimento hoje em Taboão da Serra, recebemos o chamado às 06:48h e chegamos ao local às 07:07h, mandamos 10 viaturas #naohouveatraso
— 193-Bombeiros PMESP (@BombeirosPMESP) 9 março 2016
Segundo Edson Galina, da Defesa Civil, apesar dos danos que as casas da vizinhança sofreram, nenhuma delas apresenta risco de desabamento. “As casas vizinhas sofreram alguns danos em portas e janelas devido ao deslocamento do ar, mas não houve dano estrutural. Quando a perícia liberar o local dos escombros, nós também vamos liberar o local para os moradores retornarem”, afirmou. A Prefeitura de Taboão da Serra também soltou nota oficial afirmando dar assistência total e apoio às vítimas e familiares.
