
A Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Pinheiros, em Taboão da Serra, situada próxima ao Centro Social Urbano (CSU) está sem médico pediatra para atendimento de crianças de zero a 12 anos. Por isso, dezenas de mães não conseguem agendar consultas para os seus filhos em 2012.
Na quinta-feira, dia 2, mães com criança no colo relataram à reportagem do site que não conseguem sequer marcar uma consulta. “Desde o final do ano passado [2011] eu tento passar o meu filho de um ano no pediatra, mas quando chegamos aqui eles falam que não tem médico”, diz Luciana Dias, mãe e moradora do Parque Pinheiros.
A diretora da UBS, Dra. Isabella Rocha, diz que a falta de médico somente se deu a partir do dia 31 de janeiro de 2012, quando o Dr. Augusto César de Oliveira Trigueiro, que ocupava o posto de pediatra solicitou a sua exoneração do cargo para trabalhar em outro local [Ele foi aprovado em um concurso na cidade de Barueri]. “Ele é muito solicitado no mercado, por ser um médico especialista em cirurgia cardiológica pediatra e solicitou a saída apenas no último dia de janeiro. Mas já foi solicitado um pedido de contrato emergencial no mesmo dia da saída para suprir a vaga”, afirma Isabella.
De acordo com o relatório emitido no último dia 20 de janeiro, 12 funcionários da área de saúde pediram exoneração do quadro de funcionários da prefeitura de Taboão da Serra. A diretora da UBS do Parque Pinheiros diz que a unidade vai ter profissional concursado depois de 12 de fevereiro (dia da realização da prova). Como em todo concurso, haverá a correção das provas, a classificação dos candidatos e posteriormente a convocação dos classificados seguidos da entrega das documentações.
Em caso de emergência no atendimento à criança, o paciente é encaminhado para o hospital geral. Se por ventura a consulta for de rotina e não apresentar quadro de urgência, outros profissionais como fonoaudiólogos, psicólogos e enfermeiras fazem o primeiro atendimento. “Elas (as mães) não ficam totalmente desamparadas. Se for preciso à enfermeira, a fonoaudióloga ou a psicóloga realizam o atendimento. Entretanto ainda tomam certa precaução nos medicamentos, pois não são pediatras”, completou a responsável pela UBS.
Já as mães reclamam e afirmam que não são encaminhadas para nenhum outro lugar e que por conta própria têm que ir á outros hospitais públicos, entre eles o Darcy Vargas pleitear uma vaga numa longa fila, que também tem sido motivo para indignação. “Nós chegamos aqui ao meio-dia, ficamos debaixo de sol forte para pegar um encaminhamento apenas às 3 horas da tarde”, reclama Iara Gracielle, umas das mães que estava na fila.
A reportagem do site Taboão em Foco procurou a secretaria de saúde, através da assessoria de imprensa da prefeitura, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.
Por Gilmar Júnior