Por Allan dos Reis, no Jardim Maria Rosa
O presidente da Câmara de Taboão da Serra, Eduardo Nóbrega (PR), apresentou na sessão desta terça-feira, dia 9, um requerimento solicitando a documentação completa do contrato entre a Prefeitura Municipal e a SDPM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), organização social responsável pela gestão dos prontos socorros da cidade. Apesar da discussão, o documento não entrou em votação.
Apesar de afirmar que o pedido é para defender o governo, alguns vereadores reclamam da gestão dos prontos socorros geridas pela SPDM e que, nos últimos dias, registrou a morte de duas mulheres e um bebê que iniciaram trabalho de parto dentro do PS do Antena.
“Eu me senti na obrigação de não abrir qualquer ilação do nosso governo. Antes de instalar uma CPI, vamos trazer as informações e deixar claro a nossa população”, diz Nóbrega, que disse estar se questionando se esse é o melhor modelo de gerir funções públicas.
O vereador Marcos Porta (PRB) diz que é preciso defender a população de Taboão. “Nós estamos com mortes na maternidade que a gente não pode aceitar. Nós somos governo e queremos que [saber] da SPDM o que está acontecendo”, diz.
Na semana passada, os vereadores já haviam aprovado um requerimento solicitando esclarecimentos das mortes na maternidade. O pedido deve ser respondido nos próximos dias.
Em abril deste ano, todos os vereadores governistas se reuniram durante horas com o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) em seu gabinete junto com representantes da SPDM para discutir e esclarecer exatamente o contrato. Na ocasião, todos disseram à imprensa que estavam satisfeitos com as informações prestadas.
Questionado os motivos do novo pedido, o presidente esclareceu. “Na verdade eu imagino que tenha visto tudo. O problema é que parece ainda que algumas pessoas não se convenceram disto. Se temos a oposição ainda não convencida que está tudo correto, aquele procedimento que utilizamos há seis meses atrás não foi suficiente. Talvez com a vinda desses documentos aqui a casa, com disponibilização a todos, eles se sintam convencido”, completou Nóbrega.
Como o requerimento não entrou em votação, a promessa é que ele entre na pauta da sessão da próxima semana.