Por Allan dos Reis, no Jardim Helena
Os servidores da educação de Taboão da Serra que estão em greve há quase dois meses anunciaram o fim da paralisação a partir do dia 3 de julho, daqui a pouco mais de uma semana. Muitos defendiam voltar o trabalho na próximo segunda, mas a maioria entendeu que é preciso estar em greve para fortalecer a chamada “Greve Geral” prometia para o dia 30 de junho.
Como já houve uma série de ‘perdas’ com o retorno de servidores que iniciaram a greve e voltaram às escolas, um grupo pedia a volta de todos de forma imediata. “Eu sou a favor de voltar e ficar em estado de greve” anunciou uma servidora. “Não vejo lógica em voltar na segunda e paralisar na sexta”, respondeu outra.
Após diversas pessoas discursarem e pequenas reuniões entre servidores da mesma escola, as alternativas foram votadas e prevaleceu permanecer em greve até o fim da próxima semana e retornar no dia 3 de julho e se manter em estado de greve.
“Votamos a questão do fim deste movimento que estamos agora e a permanência do estado de greve. Estamos aguardando o resultado de um julgamento na Justiça porque foi ajuizada uma ação contra a Prefeitura pedindo ao prefeito que faça o reajuste salarial para os trabalhadores da educação”, diz Adenir Segura, presidente do Siproem (Sindicato dos Professores das Escolas Públicas).
Os servidores – em sua maioria ADE´s, ADI´s e Auxiliares de Classe – reivindicam que a Prefeitura Municipal conceda dissídio salarial e vale-transportes. Apesar da greve, o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) se negou a receber uma comissão – sem que terminassem a paralisação – e anunciou que não tem condições de conceder esses benefícios.