Por Allan dos Reis, no Centro, em Taboão da Serra*
O número de casos de homicídios dolosos (com intenção de matar) em 2012 no município de Taboão da Serra aumentou 75%, em relação a 2011. Foram 42 casos homicídios – com 48 mortes – no ano passado contra os 24 casos – com 25 mortes – do ano anterior. A Secretaria de Segurança Pública (SSP), responsável pela divulgação, contabiliza toda as chacinas como sendo apenas um caso, mesmo tendo mais de uma vítima. Por isso a divergência entre o número de homicídios e o de vítimas.
Por exemplo, em junho houve uma chacina no Jardim Panorama com três mortos, mas a SSP considera apenas como um caso de homicídio.
Com o elevado aumento das mortes, Taboão voltou a ter nível de epidêmia com 16,66 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes já que segundo da Organização das Nações Unidas (ONU) acima de 10 mortes para esse grupo de pessoas a situação já é de epidemia.
Houve também um pequeno aumento de quase 3% no número de furtos com 1.749 ocorrências. A boa notícia ficou por conta da redução do número de roubos no município. Foram 236 a menos que o ano de 2011. Uma redução de quase 10%. Já os furtos e roubos a veículos também reduziram quase 4%. Foram 1.681 registros.
Na capital paulista, os homicídios também voltaram a ficar em nível epidêmico, com um aumento de 40% nas mortes em 2012 em relação ao ano anterior.
Com os dados alarmantes, nesta terça (29) a SSP informou que a cúpula da polícia fará uma série de mudanças com medidas estruturais nas corporações para aprimorar a prevenção e a investigação e elucidação dos crimes.
Uma dessas mudanças é tentar aproximar maior aproximação com os prefeitos com acordos de colaboração para participem mais de temas ligados a segurança. “A implantação de câmeras de videomonitoramento, a fiscalização de comércios e a melhora da iluminação pública e das ruas, entre outros elementos, são dos municípios, mas que influenciam a Segurança Pública”, explicou o secretário de segurança Fernando Grella Vieira.
* matéria atualizada às 12h31 para esclarecimento entre o número de homicídios e de vítimas.
