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JANEIRO BRANCO: O Poder Das Mudanças Na Saúde Mental Do Sujeito

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Por Cipriano R. Martínez Velázquez*

Todos os seres humanos que continuamos neste planeta terra, o convívio tornou-se mais difícil nos últimos tempos entre sujeitos, principalmente nas relações interpessoais; precisamos de cuidados em todos os aspectos de nossa vida, especialmente aquilo que mais utilizamos e que dirige todas nossas necessidades básicas; pessoal, familiar, social e profissional; nosso cérebro, nossa mente. Isto nos leva a refletir sobre nossas ações no presente, de nossas atitudes e comportamentos gerais no dia a dia, no cotidiano; no qual precisamos estabelecer um controle e autodomínio de nossos atos e moderação de nossas condutas. Nossas atitudes pessoais descrevem muito sobre o “EU” do indivíduo e em muitas ocasiões ajuda a desenhar um melhor relacionamento com uma construção boa de empatia e valores sociais.

As constantes mudanças do ambiente e as circunstâncias que muitas vezes nos leva a desequilíbrios emocionais, esgotamento físico e mental com os quais a possibilidade de desenvolver em consequência diferentes transtornos mentais como crise de ansiedade, estresse, síndrome de Burnout, depressão, síndrome de pânico entre outros. Aqueles eventos que se apresentam em nossas vidas, desafios, obstáculos e em geral gerando desequilíbrios emocionais comprometendo assim o bem-estar próprio e da família.

“Quando a maioria de nós fala em mudança, geralmente se refere ao tipo de mudança incremental resultante de uma análise racional e um processo de planejamento, com um objetivo esperado e um conjunto de passos específicos para alcançá-lo. As mudanças incrementais normalmente têm alcance limitado e são reversíveis. Se a mudança não dá certo, podemos sempre voltar a como éramos antes. As mudanças incrementais não desfazem os padrões que aprendemos com nossas experiências do passado – na verdade, elas são uma extensão do passado. Quando realizamos mudanças incrementais, sentimos que estamos no controle”. (QUINN, ROBERT E. Ano 2013. P. 39)

Procurar nossos planos e codificar nossas mentes com novos e positivos estilos de vida condicionando-o a novos desafios e ciclos que percorrem os pensamentos para mudanças que possam contribuir para uma vida mais harmoniosa e feliz.

Janeiro Branco 2024 nos convida a cogitar com nossos sentimentos e pensamentos e em consequência teremos nossos comportamentos com mudanças profundas e dessa maneira lutar contra todas as dores que são apresentadas principalmente pelas emoções e sensações, dando ênfase ao indivíduo no cuidado de sua saúde mental.

“Um dos aspectos ardilosos da mudança profunda é que ela começa com a autotransformação. O processo tem início quando enxergamos a realidade como ela é – e, para isso, é necessário resistir ao desejo de negação e estar aberto à possibilidade de que precisamos mudar. Se nós como líderes, formos capazes de mudar como pessoas, os relacionamentos à nossa volta melhorarão. Quando isso acontece, o sistema gera novas capacidades coletivas”. (QUINN, ROBERT E. Ano 2013. P. 40)

Nosso controle mental depende de muitos fatores, tanto internos, no cérebro, quanto externo, o meio ambiente; estressores são vários, gerados de diversas formas e em momentos diferentes, mais o sujeito deve ser capaz de superar esses obstáculos ou problemas específicos, com raciocínio e consciência começando com respeitar as limitações e aprendendo a assimilar e se adaptar nos difíceis momentos para assim poder superar com mais simplicidade as adversidades da vida.

“Em termos da mecânica neural da consciência, essa sutil mudança de atividade mental presumivelmente avisa que os circuitos neocorticais estão monitorando ativamente a emoção, primeiro passo para adquirir algum controle. Essa consciência das emoções é a aptidão emocional fundamental sobre a qual se fundam outras, como o autocontrole emocional”. (GOLEMAN, DANIEL, Ph.D,2001, P.60)

Existem muitas outras formas de mudanças para conseguir obter uma saúde mental adequada, criando ambiente de trabalho harmonioso, permanente consciência de nossos atos, fortalecimento de nossos valores, flexibilidade em nossos comportamentos para nos adequarmos a uma cultura mais organizada.

A importância da saúde mental vai muito mais além e nós somos os protagonistas principais de lograr metas e conseguir uma configuração muito mais próspera em nossas vidas, sem esquecer que em cada estrada tem sinais para chegar a vosso destino, mais esses sinais e a estrada serão os parceiros e bússola de nosso destino final.


REFERÊNCIAS:

Goleman, Daniel, Ph.D.: Inteligência emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente / Rio de Janeiro : Objetiva, 2001 

Quinn, Robert E.: O processo da mudança: Ferramentas para ser um profissional preparado para as transformações / Robert Quinn; Tradução Bruno Alexander e Luiz Otávio Talu. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013

*Cipriano R. Martínez Velázquez é psicólogo clínico e neuropsicólogo clínico – CRP SP: 06/167517

*O artigo não reflete, obrigatoriamente, a opinião do Taboão em Foco.

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